Mulheres executivas: situação e perspectivas

Mulheres executivas: situação e perspectivas


Dados da pesquisa “Women in Business 2015”, da Grant Thornton, mostram que mais da metade das empresas no Brasil não possuem mulheres em cargos de liderança, colocando o país na 3º posição entre os que menos promovem funcionárias para posições mais altas. De acordo com o estudo, 57% das companhias brasileiras não têm mulheres em cargos de liderança. O país fica atrás apenas do Japão, com 66%, e da Alemanha, com 59%. A média mundial é de 32%.

Os números ainda são tímidos em relação a outros países, mas mostram uma melhora gradual se compararmos com o cenário de décadas atrás. Aos poucos, as mulheres ocupam cargos de liderança e se destacam pelo empreendedorismo, revelando uma tendência mundial. Algumas características consideradas afloradas na personalidade feminina são muito apreciadas nas companhias: aperfeiçoamento nos processos de tomada de decisão, infeção de criatividade e inovação.

Apesar de todos os avanços, ainda existe certo olhar de estranhamento para as mulheres que ocupam altos cargos e chefiam equipes. Mesmo as gestoras que chegaram lá, relatam que o caminho é muitas vezes dificultado apenas pelo fato de serem mulheres. “Sabemos que as mulheres ainda não ocupam tantos cargos de chefia nas grandes empresas e que ainda não recebem salários iguais aos dos homens, mesmo com jornadas de trabalho parecidas. Mas este é um cenário que já está mudando”, avalia Marisa Peraro, CEO da Pró-corpo.

Mesmo as mulheres que estão em posições de destaque nas corporações admitem que as mudanças não ocorrem na velocidade que gostariam, principalmente em termos salariais, mas também consideram que o caminho é promissor para o futuro e que muita coisa já mudou para melhor. “Nos ambientes corporativos mais comuns já é normal ter mulheres na chefia. As equipes estão olhando muito mais para a competência do gestor do que para o gênero. Acho que as mulheres estão mais maduras em relação ao seu papel na sociedade e, por isso, estão mais seguras, em qualquer ambiente. Temos muitos exemplos de mulheres que cresceram em organizações”, afirma Lilian Guimarães, vice-presidente de pessoas e cultura da Natura.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 38 / nº 345

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