Outplacement: o caminho para um novo emprego

Outplacement: o caminho para um novo emprego

Outplacement é um termo criado na década de 1960, nos Estados Unidos, como uma ferramenta em Recursos Humanos para auxiliar cientistas e engenheiros demitidos, devido à crise no setor aeroespacial e de eletroeletrônicos, em busca de recolocação no mercado de trabalho.

Segundo a AOCFI (Association of Outplacement Consultancy Firms International), o outplacement é definido como um processo que estrutura as bases profissionais, a fim de auxiliar o colaborador demitido a enxergar o mercado de trabalho de modo organizado e disciplinado, para obter uma recolocação no menor tempo possível, com mínimo de impacto.

Em tempos de crise, os cortes tendem também a atingir o topo da pirâmide, ou seja, cargos executivos. É justamente nesse cenário que o outplacement se torna mais necessário. Para os especialistas, diante do cenário de crise, é natural que as empresas passem a selecionar de forma mais rigorosa, já que há mais candidatos do que vagas. “Com mais candidatos disponíveis, os processos seletivos são mais cuidadosos e provocam negociações mais duras por parte dos contratantes, porque eles têm maior poder de barganha. O que nós notamos é que tem havido recolocação para os que têm se preparado bem, que se aplicam no projeto de procurar trabalho e que são bons profissionais, claro. Senão não adianta toda essa técnica”, comenta José Augusto Minarelli, presidente da Lens & Minarelli Associados, consultoria especializada em carreira.

“Com certeza existe um aumento de pessoas em processo de transição, no entanto, o mercado sempre tem um movimento natural de entrada e saída de profissionais. Por isso, nesse momento, acredito que o processo de outplacement pode ajudar muito o profissional a se diferenciar, não só na sua apresentação, mas também nas formas de buscar um novo posicionamento”, afirma Claudia Monari, diretora de outplacement da Career Center.

Minarelli chama ainda a atenção para o fato de que, em períodos de transição, é importante saber ler as tendências de mercado. Principalmente, saber que, com menos investimento, o trabalho autônomo pode ser uma saída. “Algumas pessoas acabam encontrando a solução oferecendo serviço de forma independente, porque as necessidades das organizações continuam existindo, e algumas até se agudizam em épocas de crise, e, não podendo gastar com uma contratação CLT, compram serviços de pessoas que possam trabalhar por projetos, como autônomos, ou em uma administração interina. Isso vai requerer do profissional certa flexibilidade em suas exigências e um senso de realidade para poder se ajustar. Em toda época de crise, diminui o emprego formal e aumentam as atividades por conta própria. É uma maneira de as empresas se protegerem dos custos excessivos”, explica.

Fonte: Revista Administrador Profissional / Ano 38 / nº 345

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