Panelinhas no ambiente de trabalho

Panelinhas no ambiente de trabalho

Adotar certas atitudes para ser aceito em um grupo não é um comportamento comum apenas entre crianças e adolescentes que estão na fase escolar. Esse tipo de atitude persiste na vida profissional. As famigeradas panelinhas são corriqueiras em empresas de todos os portes e em todos os níveis hierárquicos. "As panelinhas acabam se formando por afinidades, das mais diversas naturezas. A formação de qualquer grupo traz, na sua origem, a preocupação com a própria segurança", analisa André Acioli, sócio-diretor do Boteco do Conhecimento.

Fazer parte desses grupos pode interferir na produtividade, dependendo da frequência desses encontros e reuniões. "Se esses grupos tiverem como objetivo fazer comentários ou insinuações maldosas de pessoas da organização, certamente, o ambiente de trabalho será prejudicado. Caso as conversas sejam saudáveis e esporádicas, penso que a organização pode ser beneficiada, pois quebra a rotina e diminui o estresse", diz Fernando Camilo, sócio da Kaminarh Consulting.

A Executive e Master Coach, Bibianna Teodori, comenta sobre a postura ideal de gestores quando a panelinha se torna prejudicial: “o papel do líder é fundamental para administrar as fofocas e os conflitos que elas geram no trabalho. Sendo assim, o gestor precisa mostrar autoridade ao não tolerar boatos maldosos, identificando a origem, o autor da fofoca e punindo com chamadas, advertências e, em último caso, até uma demissão”.

Os especialistas são unânimes ao afirmar que a pessoa não deve fingir ser algo que não é para ser aceita na panelinha, como, por exemplo, fingir gostar de um programa de TV ou de algum esporte. "É um comportamento, no mínimo, de autoagressão. O ideal é ser verdadeiro consigo mesmo. O profissional não precisa deixar de participar dos eventos da empresa, mas deixar claro que alguns encontros não estão no rol daqueles que lhe proporcionam satisfação. Entretanto, estar na companhia do grupo de trabalho é importante", afirma Camilo.

Às vezes, a dificuldade de ser aceito é por ser diferente da maioria do grupo quando, por exemplo, é o mais velho ou o único solteiro. Porém, essas diferenças também podem contar a favor. "São exatamente as distinções que tornam os grupos mais produtivos e integrados. Fazer aflorar o que há de melhor é ser visto como alguém que faz algo de valor. É o valor percebido pelos colegas que faz o novo membro ser aceito", explica Acioli.

Em um ambiente corporativo, a panelinha pode andar de mãos dadas com a fofoca. Quanto mais distante o profissional ficar disso, melhor para sua carreira e os relacionamentos na empresa. Acioli recomenda: "Em vez de querer fazer parte desta ou daquela panelinha, faça parte de todas. Pense nas alianças partidárias. Você não precisa compactuar de todos os pontos de vista, nem fazer tudo o que aquele grupo faz, mas nada o impede de ter vários pontos em comum com ele e estabelecer uma ótima e longa convivência".

Fonte: https://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/12/16/vale-a-pena-fazer-parte-das-panelinhas-no-trabalho.htm  

Fonte: https://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/saiba-como-lidar-com-as-fofocas-e-panelinhas-no-ambiente-de-trabalho/?cHash=e1981c87187ff2813e58b0a930f0b2a7

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