Recrutamento via redes sociais

Recrutamento via redes sociais

As empresas estão intensificando cada vez mais o rastreamento do comportamento de profissionais em suas respectivas redes sociais, em busca de funcionários que se adequem aos seus requisitos. O ambiente on line já deixou de ser, há tempos, um espaço apenas para postar fotos das férias ou criar eventos engraçadinhos. Agora, ele é também um fator que pode determinar o futuro de um candidato a emprego, além de ser um chamariz para empresas que buscam um determinado perfil específico de colaborador.

Recentemente, o LinkedIn (mais famosa rede social profissional do mundo), realizou a pesquisa “Tendências de Recrutamento no Brasil”, feita com 98 executivos da área no país. O resultado é que as redes sociais estão transformando a forma de recrutar. De acordo com o levantamento, atualmente, as redes sociais profissionais já representam 49% das fontes de contratação de qualidade – ou seja, aquelas contratações com o perfil exato buscado pelo empregador. É um crescimento que ultrapassa 200% nos últimos três anos.

Apesar do avanço que, segundo os especialistas, é irreversível, a seleção pessoal não deve desaparecer. Aspectos como pontualidade, cordialidade nas respostas, atenção às perguntas e demandas dos recrutadores, por exemplo, são pontos cruciais em uma seleção, e só podem ser dimensionados no bom e velho olho no olho. Neste sentido, as redes sociais servem mais como um quesito a mais para ser avaliado, além de um facilitador.

“As redes sociais não vão acabar com o recrutamento pessoal, mas sim permitir que as empresas possam aperfeiçoar seu processo de recrutamento utilizando o meio digital e o acesso a dados e informações, para que dediquem mais tempo na estratégia e no processo de avaliação, atraindo, dessa forma, os candidatos que realmente importam e que estejam alinhados ao DNA da empresa”, analisa Bernardo Brandão, diretor de marketing do LinkedIn Talent Solutions.

De acordo com Jorge Martins, gerente de divisão da recrutadora Robert Half, a questão do “ao vivo” vai além da capacidade técnica do candidato. O contato pessoal serve também para criar empatia, o que conta em momento de avaliação. “A parte presencial vai acontecer sempre. Há candidatos que questionam a entrevista presencial, porque dizem que todas as suas informações estão nas redes sociais. Mas esse contato, por mais que tenha informação na rede, essa conexão entre candidato e empregador ao vivo, é fundamental”, afirma Martins. Ainda, segundo o especialista, fornecer informações completas e precisas nas redes sociais pode aumentar a chance de alinhar seus interesses com os de empresas que buscam profissionais no mercado.

Fonte: Revista Administrador Profissional – ano 38 – nº 344 – fevereiro/2015

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