Bolsa de Valores – Qual é o melhor momento de aplicar?

Valdir Domeneghetti

18 Mar 2012 13:58

Caras/os Leitoras/es,

Ao longo dos últimos posts foram apresentados vários assuntos sobre os investimentos em Bolsa de Valores, falamos sobre a história da BM&FBOVESPA, tipos de ações, dividendos e capitalização bursátil (valor de todas as ações do conjunto de empresas listadas na bolsa - apurados em um determinado dia).

Legal, mas qual é o melhor momento de aplicar em bolsa de valores?

Para responder a esta pergunta, mais uma vez tenho que recorrer ao meu instrumento de precisão, inclusive, ele já foi utilizado em outro post (09/01/2011): “A BOLA DE CRISTAL”. 

Trata-se de uma brincadeira, pois é preciso “dramatizar” o assunto para melhor compreensão.

Se alguém soubesse o melhor momento, antecipadamente, estaria rico. Pode ocorrer informações privilegiadas, mais conhecidas por “inside information”, quando uma pessoa ou um grupo de pessoas obtém dicas sobre alguma empresa (lucro maior, aquisição de outra empresa, expansão nas vendas acima do previsto etc.), com exclusividade, e com isso conseguem auferir lucros altos rapidamente.

Cuidado!!! Esta prática constitui-se em crime contra o mercado de ações, sujeito a detenção e multa que geralmente supera os ganhos obtidos na transação. As multas são altas para inibir esta prática no mercado.

Quer dizer que não há como saber qual o melhor momento para entrar em bolsa de valores?

Há várias publicações e analistas que “profetizam”: ENTRE NA BAIXA E SAIA NA ALTA. Legal, mas como saber quando está na alta ou baixa. Antes da crise econômico-financeira dos Estados Unidos (sub-prime – cujo epicentro foi o mercado imobiliário), ninguém previu a data da crise e tão pouco o grau e as conseqüências da mesma, inclusive, que se propagaria para outros continentes. Outro exemplo foi o 11 de setembro de 2001 (atentados terroristas), que também teve conseqüências dramáticas para o mercado mundial e foi imprevisível.

Logicamente, que após fortes baixas do mercado acionário é recomendável comprar ações, agora fale a verdade: É PRECISO MUITO SANGUE FRIO E NERVOS DE AÇO PARA TOMAR TAL ATITUDE em um período de tantas incertezas.

O ideal é aplicar um percentual de sua reserva, por exemplo 10, 20, 30 por cento ou mais, variando de acordo com o perfil do aplicador (Conservador<>Moderado<>Agressivo) e constituir uma carteira de longo prazo.

O restante da reserva deve ser aplicado em modalidades mais conservadoras (tesouro direto, poupança, fundos de investimento, etc.), para ser utilizado em eventuais períodos de baixa da bolsa de valores. Deixe o dinheiro investido em renda variável para momentos mais adequados (cuja rentabilidade do período aplicado for maior que as outras modalidades de investimento).

Lembrem-se também, que os dividendos são pagos independente da cotação das ações, eles estão vinculados aos lucros das empresas. Por exemplo, no ano de 2011 a bolsa de valores não foi um investimento bom, porém a maioria das empresas pagou dividendos expressivos. 

Então relaxe, ninguém que eu conheça tem bola de cristal eficiente para bolsa de valores (se vocês conhecerem alguém me avise), caso tome a decisão de investir em renda variável, o melhor é aplicar pouco no início, até sentir-se confortável, buscando sempre o maior número de informações possíveis. Não que isso lhe garantirá 100% de acerto, porém você terá mais probabilidade de sucesso.

Finalmente as dicas de ouro para os investimentos em renda variável: DIVERSIFIQUE INVESTIMENTOS – NÃO COLOQUE TODOS OS OVOS EM UMA ÚNICA CESTA, ela pode cair e quebrar!!! PENSE E APLIQUE NO LONGO PRAZO!!!

Na próxima semana continuo neste assunto.