Estratégia para “contrair” novos empréstimos/financiamentos em função da queda da Taxa “SELIC”

Estratégia para “contrair” novos empréstimos/financiamentos em função da queda da Taxa “SELIC”

Caras(os) Leitoras(es),

No post da semana passada, falei sobre a estratégia para novos investimentos em função da queda da Taxa “SELIC”, e agora apresento a estratégia para “contrair” novos empréstimos/financiamentos, para o mesmo cenário, ou seja, em função da queda da Taxa “SELIC”.

Vejam, propositalmente utilizo a expressãocontrairempréstimos /financiamentos, que já foi objeto de esclarecimentos em outros posts, pois o sentido negativo da palavra é para refletirmos antes de tomarmos a decisão de recorrer a este tipo de solução.

SEMPRE SERÁ MELHOR UTILIZAR RECURSOS PRÓPRIOS, mas há casos, principalmente, de financiamentos de longo prazo para aquisição de imóveis e veículos que se contratados com juros “normais”, podemos antecipar o consumo futuro recorrendo a financiamentos.

Lembrem-se, quando você compra um bem móvel ou imóvel por meio de empréstimos/financiamentos, o que está ocorrendo é uma “antecipação de consumo”. Se você poupasse a prestação do carro ou do imóvel, teria os recursos para pagamentoà vista” no futuro, mas nós seres humanos, geralmente, estimulados pela sociedade consumista, optamos por adquirir um carro ou imóvel no presente e quando não possuímos recursos próprios, recorremos a empréstimos/financiamentos.

Mas afinal, qual é a estratégia para “contrair” novos empréstimos/financiamentos em função da queda da Taxa “SELIC”?

Neste caso é a “estratégia oposta de quem tem dinheiro para aplicar.

Quer dizer que, se considerarmos o cenário de queda da Taxa “SELIC” para “contrair” um empréstimo/financiamento, temos que pensar ao contrário daquelas pessoas que tem dinheiro aplicado?

Isso mesmo, explicando melhor, quais são os objetivos de duas pessoas, a primeira tem recursos aplicados e a segunda precisa desses recursos para (emprestado/financiado) adquirir um bem móvel ou imóvel?

O objetivo das pessoas que tem recursos aplicados é receber o “MÁXIMO” de juros possíveis, levando-se em consideração o risco que quer correr (renda fixa ou variável).

Já o objetivo das pessoas que querem “contrair” empréstimos/financiamentos é pagar o “MÍNIMO” de juros possíveis, pois assim conseguem liquidar a dívida mais rapidamente, pesando menos no orçamento.

E quem fica no meio desses agentes “poupadores” e “tomadores de empréstimos/financiamentos”?

Os bancos, que cobram um percentual de lucro desses agentes (“poupadores” e “tomadores de empréstimos/financiamentos”), o famoso “spread” bancário. O tema “spread bancário” foi tratado nos post (https://www.revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/juros-em-queda-guerra-entre-governobancosbacen/ e https://www.revide.com.br/blog/valdir-domeneghetti/post/juros-em-queda-guerra-entre-governobancosbacen-2/)

Na semana passada, esclareci aos que irão aplicar recursos novos, o ideal é optar pelas modalidades de investimentos que pagam juros fixos, pois caso a Taxa “SELIC” continue sua trajetória de queda, você receberá no futuro os mesmos juros de hoje (maior que no futuro).

Agora, para as pessoas que estão por “contrairempréstimos/financiamentos, a estratégia mais viável são as taxaspós-fixadas”, pois à medida que são pagas as prestações, caso a Taxa “SELIC” continue sua trajetória de queda, elas também vão reduzindo proporcionalmente.

Você consegue adivinhar o futuro?

Qualquer decisão no presente depende das condições futuras, e não podemos prevê-las, motivo pelo qual, não é uma estratégia ruimcontrairempréstimos/financiamentos com taxas “fixas”, não sujeitas aos riscos futuros de mudanças de cenário (possibilidade de aumento da Taxa “SELIC” com o conseqüente aumento do saldo devedor/prestações de empréstimos/financiamentos pós-fixados).

Caso você opte por “contrairempréstimos/financiamentos em taxas fixas e os juros começarem a cair, ainda assim temos uma alternativa muito interessante, ou seja, a “PORTABILIDADE DE CRÉDITO”  - transferir nosso saldo devedor para um banco que cobra taxas de juros menores.

Na próxima semana apresento as “Armadilhas” da comparação de taxas de juros de empréstimos/financiamentos entre bancos diferentes.

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