Greve dos bancários: Procon faz representação ao Ministério Público
Até o momento, os trabalhadores e os bancos não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria deste ano.

Greve dos bancários: Procon faz representação ao Ministério Público

O motivo da representação é a manutenção de sobrevivência dos consumidores, que estão sendo os principais afetados pela paralisação

Por conta da greve dos bancários, que completou mais de 20 dias, o coordenador do Procon de Ribeirão Preto, Paulo Garde, protocolou nesta segunda-feira, 26, uma representação ao Ministério Público para que uma parcela dos bancos voltem a funcionar.

No protocolo, consta que em Ribeirão Preto a greve teve 70% de adesão, e no momento atual se alastrou para quase a totalidade das agências das instituições financeiras, entre bancos públicos e privados, independente da não prestação de serviços para a população.

O motivo da representação ao Ministério Público é, principalmente, pela manutenção de sobrevivência dos consumidores, que estão sendo os principais afetados pela paralisação, como os aposentados, e pessoas que não sabem usar o caixa eletrônico para pagamentos de conta, retirada de saques de dinheiro e transações bancárias.

Garde diz que a pretensão desta solicitação não é desmerecer ou deslegitimar o direito à greve da categoria, porém, pede a colaboração do órgão competente para a garantia do direito mínimo dos consumidores, quanto aos serviços essenciais que lhes garantam a dignidade.

“Requer-se ao Ministério Público que sejam tomadas as providências cabíveis que o caso requer”, diz a representação.

Reivindicações

Até o momento, os trabalhadores e os bancos não chegaram a um acordo sobre o reajuste salarial da categoria deste ano. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste e os bancos oferecem 7%. A greve teve início no dia último dia 6.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de mais de 5%, como reposição da inflação do aumento real, PLR de três salários R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral, entre outras reivindicações.


Foto: Tânia Rêgo

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