Segurança será indiciado por homicídio qualificado em briga de bar na Zona Sul
Jonathan William Bento passará por audiência de custódia às 10h desta segunda-feira, 27

Segurança será indiciado por homicídio qualificado em briga de bar na Zona Sul

Segundo delegado, Jonathan William Bento assumiu o risco de matar Miguel Puga Barbosa

Jonathan William Bento, 26 anos, que trabalhava como controlador de acesso no Beagá Bar e se envolveu em uma briga que causou a morte do empreiteiro Miguel Francisco Puga Barbosa, 24 anos, será indiciado por homicídio qualificado, por recurso que torna impossível a defesa da vítima. O segurança foi preso em flagrante e, segundo o delegado do caso, assumiu o risco de matar e responderá por homicídio doloso.

Leia também:

Golpe utilizado para conter jovem em casa noturna foi aplicado de maneira errada, aponta PM

Segundo o delegado Rodrigo Pato, as imagens da câmera de segurança interna do bar foram essenciais. A polícia ainda vai investigar o que teria causado a briga, que começou com Miguel e outro segurança, Raildo Seixas, que também trabalharia como controlador de acesso da casa. Raildo foi agredido com um soco no rosto por Miguel, que foi contido logo em seguida por Jonathan. Ele recebeu um golpe mata-leão e desmaiou. Miguel ficou inconsciente e chegou a ser reanimado por 40 minutos por uma equipe do Samu, mas não resistiu e morreu no local.

Segundo testemunhas, a briga de Miguel com os seguranças teria começado por conta de uma foto que o cliente teria tirado próximo ao caixa do bar. Raildo achou que Miguel teria o fotografado com o celular. Outra versão descreve que Miguel teria tentado furar a fila de pagamento do caixa.

Raildo está internado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde passará por cirurgia no maxilar. Já o corpo de Miguel foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para constatar a causa exata da morte. Ele deve ser enterrado na tarde desta segunda-feira, 27, sem velório.

Miguel morreu após receber um golpe mata-leão de um dos homens que trabalhava no controle de acesso do bar

O advogado do Beagá Bar, Júlio Mossin, disse que Jonathan e Raildo trabalhavam como controladores de acesso da casa e prestavam serviços para uma empresa terceirizada. Ele não soube informar se os dois já haviam prestado serviço para a casa anteriormente. Uma nota oficial do bar sobre o caso deverá ser divulgada ainda nesta segunda-feira. 

Em entrevista para a imprensa Jonathan disse que imobilizou Miguel porque ele estava agredindo colegas de trabalho, e não teve a intenção de ferir o cliente, apenas contê-lo. Ele ainda informou que era a primeira vez que trabalhava na casa. Vejo o momento em que Jonathan deixa a delegacia de Ribeirão Preto e fala com os jornalistas: 

*Notícia atualizada às 10h20 para a inclusão de informações


Foto: Pedro Gomes

Compartilhar: