Unesp de Jaboticabal desenvolve práticas sustentáveis de pesquisas
Profissionais e estudantes contam sobre o trabalho desenvolvido

Unesp de Jaboticabal desenvolve práticas sustentáveis de pesquisas

O trabalho é visto como sucesso, pois segue uma forma inovadora da ciência

Na região metropolitana de Ribeirão Preto, a unidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal desenvolveu formas mais sustentáveis para realizar as pesquisas no Centro de Aquicultura da Unesp (Caunesp). Segundo o governo do Estado de São Paulo, inovar na ciência de forma sustentável é o desafio imposto aos pesquisadores atualmente.

No local, os produtos que seriam descartados viram matéria-prima para um fertilizante natural. Os pescados usados nas pesquisas no Caunesp ganharam um novo destino: a compostagem.

“O manejo inadequado é enterrar. Isso gera um contaminante ambiental porque produz chorume, um líquido em decomposição que se infiltra. A contaminação pode ser um problema para a própria criação”, afirma Rose Meire Vidotti, pesquisadora do Caunesp.

Já o coordenador-executivo do projeto, Sérgio Batlouni, destaca que “já é formado recursos humanos nessa área, mestres e doutores, com o foco principal em fazer uma produção eficiente e que degrade cada vez menos o meio ambiente”.

Integração

Um dos fundadores do Caunesp, o professor Wagner Valenti tem uma longa trajetória te trabalho com espécies de água doce. Desde os anos 2000, o docente se dedica aos sistemas integrados de produção. Nos viveiros, os camarões crescem em harmonia com outras espécies, em uma produção equilibrada e sustentável.

“Os sistemas integrados atendem os princípios da economia circular. Visamos ao aproveitamento de todos os resíduos. Tentamos aproveitar tudo que viraria poluição ou lixo”, explica.

Alunos de graduação e pós-graduação pesquisam diversos aspectos relacionados ao modelo integrado. O tema do mestrado de Ariel Franchini, por exemplo, chama atenção para a possibilidade de cultivar hortaliças nos viveiros.

“Com o cultivo de três espécies, vimos que sobravam nutrientes, que iam para o fundo, ao sedimento. Uma forma de aproveitar o sedimento, em vez de jogar fora, seria a partir do plantio de hortaliças de inverno, pois parte da criação para nesse período”, salienta a mestranda da Unesp.


Foto: Divulgação

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