Limpeza de lustre encerra período de manutenção no Pedro II, mas teatro segue sem agenda
Lustre de cristal “Gota D’água” passou por manutenção nesta semana
O símbolo da restauração do Theatro Pedro II, o lustre de cristal “Gota D’água”, projetado Tomie Ohtake, passou pela tradicional manutenção nesta semana. O lustre por foi baixado na manhã de quarta-feira, 10, para passar pelo serviço anual de limpeza.
A descida da peça permite mais que a retirada da poeira ou a substituição das lâmpadas: aproxima a obra de uma das maiores artistas plásticas brasileiras dos funcionários que acompanham atentos o “ritual”. Entre os presentes no processo, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp), Paulo Cesar Garcia Lopes, fez um registro do lustre. "Uma imagem genial", descreveu o presidente, que enviou a imagem ao Portal Revide.
O trabalho de limpeza requer a realização de uma operação que leva cerca de três dias, desde a retirada do lustre, sua limpeza, troca de lâmpadas e restauro necessários até ser içado novamente ao teto.
Ao todo, são 1.400 quilos de lâmpadas, fios, metais e lâminas que significam, na verdade, uma gota d’água invertida. A obra remete ao incêndio que acometeu o Theatro na década de 1980.
De acordo com o presidente da Fundação D. Pedro II, Nicanor Lopes, a descida do lustre é promovida de forma cuidadosa, sendo limpas, uma a uma, as placas de cristal. “Todo esse trabalho conta com muita responsabilidade, carinho e atenção por parte dos funcionários do próprio Theatro, que são especializados nessa limpeza”, destacou.
O lustre de cristal “Gota D’água” é coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixação de lâmpadas especiais que fazem a luz passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único. O lustre tem 2,7 metros de altura por 2,2 metros de largura e possui mais de 80 lâmpadas, que são todas trocadas durante o serviço de manutenção.
A descida do lustre é um ritual que encerra os trabalhos de limpeza do espaço. Antigamente, a descida do lustre era feita de forma manual, um ato simbólico, pois envolvia o esforço de muitas pessoas, e hoje é feito de forma elétrica.
Por conta da pandemia, o Theatro está sem agenda de eventos.
Foto: Arquivo Pessoal/ Paulo Cesar Garcia Lopes
