Contratação: Sertãozinho é destaque no pior abril desde 2006
Sertãozinho se destaca em mês fraco para o Estado de São Paulo

Contratação: Sertãozinho é destaque no pior abril desde 2006

No quarto mês do ano, o crescimento de contratações foi de 10%, o maior do Estado de São Paulo

Em abril, a indústria de Sertãozinho foi a que mais contratou trabalhadores em São Paulo, de acordo com a Federação das Indústrias do Estado (Fiesp). O aumento de 10% nas contratações foi em razão da recuperação do fôlego do setor sucroenergético. O resultado do mês para São Paulo é o pior desde que começou a série histórica da Fiesp, em 2006.

No quarto mês deste ano, Sertãozinho registrou a contratação de 1.106 trabalhadores nas indústrias do município, que são ligadas a produção de equipamentos para a indústria sucroenergética. Mesmo assim, ainda houve mais de mil desligamentos.

De acordo com a federação, isso se deve ao aumento da produção de etanol no Brasil, que em 2015 bateu o recorde de produção de 30 bilhões de litros; aumento do consumo do biocombustível (37,5%), em razão da aplicação de tributos a gasolina; e também aumento no preço da saca do açúcar, em torno dos R$ 80, 80% mais caro do que há um ano.

No Estado, a indústria registrou a extinção de 4 mil vagas de trabalho. Foi a primeira vez, desde 2006, que houve mais demissões do que contratações neste mês, enquanto o setor sucroenergético efetuou 7 mil contratações. Porém, a Fiesp aponta que essa situação deve voltar a se recuperar nos próximos meses, com as mudanças na política do País.

“Com o forte ajuste que a indústria tem feito desde o ano passado e as expectativas de mudanças da condução da política econômica do País, nossa esperança é que as demissões comecem a perder ritmo”, aponta o economista da Fiesp, Guilherme Moreira.

Empregos em Ribeirão

No geral, Sertãozinho ainda registrou perdas de postos de trabalho no quarto mês deste ano. Foram 1.934 contratações, ante 2.048 demissões, a maioria ligada ao comércio, com 338 demissões ao todo, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em Ribeirão Preto, o saldo de emprego também foi negativo, com 329 vagas de trabalho extintas – foram 7,2 mil contratações, e 7,5 mil demissões. O comércio foi o mais afetado, com 2,2 mil demissões (saldo negativo de 296 empregos), e serviços, com 4 mil desligamentos (-137 postos de trabalho).


Foto: GERJ

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