Seminário apresenta potencialidades econômicas da região

Seminário apresenta potencialidades econômicas da região

Projeto do Sebrae objetiva melhorar o ambiente de negócios e fortalecer o empreendedorismo na Região Metropolitana de Ribeirão Preto

Turismo regional, cultura, produções de cerveja artesanal, vinho e artesanato estão entre as potencialidades econômicas a serem mais e melhor exploradas na Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP). Esta foi a conclusão apresentada pela regional São Carlos do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) do Estado de São Paulo, em seminário realizado no último dia 24 de abril, em Santa Rita do Passa Quatro, a uma plateia constituída de lideranças regionais dos setores empresarial, da sociedade civil e do Poder Público (Executivo e Legislativo). Estavam presentes representantes das cidades de Luiz Antônio, São Simão, Santa Rosa de Viterbo e Tambaú, além dos da cidade anfitriã.


Foi o primeiro de uma série de seminários interativos programados em cinco cidades com o objetivo de discutir ações e propostas visando a alavancar o desenvolvimento econômico na região. Eles integram a segunda de cinco fases de projeto do Sebrae que objetiva a melhoria do ambiente de negócios e fortalecimento das potencialidades empreendedoras dos 35 municípios da RMRP. O Sebrae contratou o IPCCIC (Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais) para tocar os trabalhos na região.


De acordo com a gerente regional do Sebrae São Carlos, Michelle De Stéfano Sabino, o primeiro seminário atingiu o objetivo de promover uma ‘escuta ativa’ por parte dos atores da governança. “O resultado foi muito positivo. As lideranças entenderam a importância de estarem unidas. Foi apresentada aos municípios a oportunidade de validar a identificação das potencialidades levantadas. Em Santa Rita do Passa Quatro, por exemplo, o turismo foi validado e, no dia seguinte ao seminário, foi inaugurada uma agência receptiva turística na cidade”, exemplifica.


Para Michelle, o seminário também foi o momento de quebrar crenças limitantes, como a de que toda vez que se tenta fazer um trabalho de governança na região, há dispersão de foco e as pessoas se desmotivam. “Foi muito interessante todos perceberem que este trabalho tem um diferencial: está embasado em ouvir e respeitar o que as lideranças e comunidades pensam, mas também traz o olhar de especialistas para avaliar e apresentar as tendências de negócios em cada área com potencial”, afirma.


Um dos especialistas foi o engenheiro e economista Sergio Miranda da Cruz, convidado pelo IPCCIC a analisar a situação econômica atual e a fazer apontamentos técnicos e econômicos para as cidades. Do IPCCIC falaram: a historiadora e atual presidente do IPCCIC, Sandra Molina, sobre a importância da micropolítica; e a também historiadora Lilian de Oliveira Rosa, que tratou do tema governança. A arquiteta urbanista Marcela Petenusci falou sobre meio ambiente, com explicações sobre crédito de carbono; a historiadora da arte Maria de Fátima Mattos, abordou o potencial das atividades artesanais; o professor de gastronomia e sommelier de vinhos Mauricio Ferreira Martins, discorreu sobre a cadeia produtiva do café, da cachaça e da cerveja artesanal; a turismóloga Nicole Toth, a educomunicadora Adriana Silva e a especialista em Museologia, Mônica Oliveira, falaram sobre turismo como foco e a rede de Cidades Educadoras; por fim, as internacionalistas Helena Rodrigues de Oliveira e Marília Migliorini apresentaram possibilidades de incremento às atividades da agroindústria familiar.


Para Michelle, promover uma visão mais integrada para o empreendedorismo foi um diferencial do seminário. “Por exemplo, na inauguração da agência, em Santa Rita do Passa Quatro, todas as lideranças estavam presentes e já traçando planos de atuação. Isso cria convergência e um plano integrado no qual cada um faz sua parte, otimizando recursos e maximizando resultados”.


Outro diferencial observado foi a maturidade demonstrada por lideranças locais. “Um exemplo é que Santa Rita, maior cidade de sua microrregião, trouxe um grupo de empresários muito maduro, que entenderam a importância de estarem juntos para tomada de decisões em políticas públicas, traçar planos de ações integradas mesmo”, conclui a gerente. Os próximos seminários ocorrerão ainda em maio, nas cidades de Cajuru  (dia 8), Ribeirão Preto (15), Batatais (22) e Monte Alto (29).

 

Fases do projeto


O projeto do Sebrae tem apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, pois vai ao encontro da estratégia da pasta de priorizar o fomento do desenvolvimento econômico no interior de São Paulo por meio do Plano de Desenvolvimento Urbano e Integrado (PDUI). 


O projeto está organizado em cinco fases. A primeira, de diagnóstico, consistiu em visitas presenciais de técnicos do IPCCIC – acompanhados ou não de um colaborador do Sebrae – às cidades, para levantamentos de dados econômicos junto a parceiros, prefeitos, secretários de desenvolvimento e agricultura, empresários, sindicatos e associações comerciais. Com os seminários interativos, chega à segunda fase, de Planejamento Estratégico para consolidação de governanças locais.


A terceira fase é de elaboração e apresentação do Plano de Ação da governança, que indicará as ações práticas para fomentar a melhoria do ambiente regional de negócios, criando condições para a economia criativa desenvolver suas potencialidades empreendedoras. A previsão é que fique pronto ainda este mês. 


Na quarta fase, o IPCCIC presta consultorias com o objetivo de consolidar os investidores da região. Será a fase em que técnicos visitarão os chamados stakeholders (pessoas, empresas ou instituições com interesse na gestão e nos resultados de um projeto ou organização, influenciando ou sendo influenciadas por ela), para tirar todas as dúvidas que ainda tenham sobre o plano de ação e mostrar o “caminho das pedras” a interessados em investir em negócios nas áreas de potencial.


A quinta fase consistirá na apresentação de um plano de comunicação e marketing territorial pelo IPCCIC ao Sebrae. 

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