Governo estadual mantém bônus pago aos professores
Porém, Apeoesp reitera pedido de reajuste salarial de 16,6%
O Governo de São Paulo manterá a política de bônus pago aos professores que atingirem as metas de educação, por meio do Índice de Avaliação da Educação (Idesp). Com a decisão, foi revogado o reajuste de 2,5% dos salários dos professores. Em função da retirada do reajuste, os professores prometem manifestação no próximo dia 8 de abril, em São Paulo, já que eles pedem reajuste da inflação acumulada desde 2014.
O Estado alega que em pesquisa realizada com os professores, 92,6% dos docentes seriam favoráveis à bonificação. Durante a semana, nove escolas em Ribeirão Preto e duas em Serrana tiveram as aulas paralisadas, pois os magistrados se mostraram contrários à proposta de reajustes de 2,5% e também a política de bonificação.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), aponta que cerca de 35 mil professores ficarão sem receber a bonificação, e que ficou demonstrado nenhum comprometimento por parte da Secretaria de Educação quanto a possíveis reajustes.
“O Secretário da Educação [José Renato Nalini] não se compromete com nenhum reajuste salarial e, ainda, faz apelos aos professores para que não façam greve, desconsiderando que esta deve ser uma livre decisão da nossa categoria frente a todo o desrespeito com que este governo vem tratando aqueles que ele próprio declara como ‘a alma da escola e que deve ganhar bem’”, destaca o sindicato, em nota.
A Apeoesp pede reajuste de 16,6%, percentual que representa a inflação acumulada desde o último reajuste, em julho de 2014, além disso, a categoria reivindica a criação de uma mesa permanente para que seja negociada uma alternativa para equiparação salarial dos docentes com a de outras categorias.
Foto: A2 Fotografia / Diogo Moreira
