Sob o comando de ribeirãopretano, Seleção de Caratê assume a 6ª posição

Sob o comando de ribeirãopretano, Seleção de Caratê assume a 6ª posição

Em 2012, país ocupava a 25ª colocação. Planejamento e títulos recentes são os segredos para essa evolução

Dezenove posições em três anos. Foi isso que a Seleção Brasileira de Caratê, comandada pelo ribeirão-pretano Ricardo Aguiar, conseguiu evoluir no ranking mundial da modalidade. Em 2012, o país estava na modesta 25ª colocação e hoje já figura na sexta, sendo o único das Américas no top 10 da lista.

O ranking foi divulgado com dados atualizados até o final do mês de agosto. Para o coordenador técnico Ricardo Aguiar, o trabalho realizado de 2013 em diante foi pautado em cima de um planejamento.

“Hoje na Seleção tudo é planejado. Eu apresentei um planejamento lá em 2013, quando assumi, e ele vem sendo cumprido à risca até hoje. Todos os atletas sabem o que vai acontecer, sabem os objetivos e sabem o que é preciso ser feito para alcança-los. A partir do momento que todos assimilam essa nova ideia, os resultados aparecem. Na Seleção cada um tem o seu papel e exercem seu cargo sem influenciar nas decisões dos outros setores. E isso está fluindo muito bem”, destaca Aguiar.

Nesse novo período do caratê nacional, algumas mudanças administrativas aconteceram e tornaram possíveis a evolução do esporte no país.  A nova gestão (2013-2017) trouxe aos caratecas as definições prévias de critérios para a formação da Seleção Brasileira, a introdução do Ranking Brasileiro e a regionalização dos eventos nacionais.

“Tudo isso proporcionou um maior intercâmbio de atletas dentro e fora do Brasil, fazendo com que eles melhorassem o ritmo de competição e se adequassem melhor aos níveis internacionais”, ressalta o diretor técnico da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), William Cardoso.

Ainda segundo Cardoso, com o apoio do Ministério do Esporte através do programa Bolsa Atleta Federal, o nível do caratê também pode ser elevado. Há três anos, a CBK tinha somente 61 atletas que recebiam os benefícios do Governo. Em 2014 esse número subiu para 116 e a expectativa é de que 2015 feche com 150 caratecas. “Tais benefícios ajudam a financiar treinamentos e viagens, o que é fundamental para alcançar um nível de excelência”, explica.

Os frutos colhidos dessa nova forma de se administrar o esporte no país foram as medalhas conquistadas em competições de níveis internacionais, como o recém título inédito dos Jogos Pan-americanos para o Brasil.

“E queremos mais. Já estamos nos planejando para alcançar posições mais altas no ranking e isso só vem com conquistas. O mais difícil, que era chegar, nós já fizemos. Temos o Mundial sub-21 na Indonésia ainda esse ano e o Mundial adulto na Áustria em 2016 que são competições chaves para alçar voos mais altos”, disse Ricardo Aguiar.

Esse planejamento, de acordo com o diretor Willian Cardoso, está sendo feito a partir das avaliações das ações executadas. “A nossa comissão técnica está constantemente avaliando e discutindo as tendências nacionais e mundiais. Frente a esta análise desenvolvem metodologias objetivando nivelar as tendências nacionais ao nível mundial”, explica. 


Caratê nas Olimpíadas

Tanto Aguiar, quanto Cardoso acreditam que esse é um momento muito propício para o caratê se tornar um esporte olímpico. A decisão será feita através de uma votação no ano que vem, no Rio de Janeiro, depois das Olimpíadas.

O fato de os Jogos de 2020 serem no Japão (terra do caratê) e de o país ser o atual campeão mundial pesam muito para a escolha. Além disso, o esporte em si, conseguiu uma boa evolução nos últimos anos.

“Creio que o caratê evoluiu em cinco anos o que não conseguiu em 20. Estamos no momento certo, com mais visibilidade na mídia e mais organização. O caratê mundial está numa fase muito positiva. Hoje, o Comitê Olímpico Brasileiro já nos vê com outros olhos e a votação será no Brasil. Se o caratê se tornar olímpico, chegamos com grandes chances de medalhas”, comenta Aguiar.

“O caratê teve que aprender com os próprios erros e trabalhar muito para melhor adequar a realidade mundial da modalidade. Hoje já temos um outro olhar e perfil mais adequado aos ideais olímpicos”, disse Cardoso. 

Confira os 10 primeiros do Ranking WKF (World Karate Federation) 2015* 

1 – França
2 – Turquia
3 – Itália
4 – Egito
5 – Alemanha
6 – Brasil
7 – Croácia
8 – Espanha
9 – Rússia
10 – Japão 

*Dados de até 04/09/2015

Revide Online com informações da Assessoria de Imprensa
Fotos: Divulgação

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