Estudantes voltam a protestar contra o fechamento de escolas

Estudantes voltam a protestar contra o fechamento de escolas

Cinco escolas estaduais em Ribeirão Preto devem ser fechadas em 2016

Mais uma vez estudantes da rede estadual de ensino realizaram um protesto em frente à sede da diretoria de ensino de Ribeirão Preto, contra o fechamento de cinco escolas estaduais no município. Nesta quarta-feira, 14, cerca de 100 estudantes, professores e membros do sindicato dos servidores participaram do ato.

Há uma semana, a direção da Escola Estadual Pedreira de Freitas, localizada na Vila Virginia, em Ribeirão Preto, afirmou que a unidade integra uma lista de escolas que podem ser fechadas em reestruturação proposta pelo Governo do Estado. Esta lista, que contém ainda mais quatro unidades educacionais – Jardim Paiva 1, João Augusto de Mello, Geraldo Corrêa de Carvalho e a escola Sebastião Fernandes Palma -, foi repassada pela Diretoria de Ensino da Região de Ribeirão Preto e confirmada por meio de uma vídeo-conferência com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.

Na terça-feira, 13, representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) se reuniram com promotores do Ministério Público (MP). O MP afirmou que vai abrir inquérito contra a diretoria regional de ensino, exigindo que ela comunique aos pais, alunos, professores e funcionários imediatamente quais escolas serão fechadas.

A manifestação desta quarta-feira contou com menos participantes do que em outros dias. Participaram do ato estudantes do Joao Augusto de Mello, Geraldo de Carvalho, Pedreira de Freitas e Paiva 1. Depois da concentração na Avenida Nove de Julho, que fechou o trânsito por alguns momentos, foi realizada passeata no centro da cidade.

“O número pode ser pequeno, mas importa que estamos na rua e não deixaremos as escolas serem fechadas”, disseram os estudantes enquanto caminhavam pelo Centro.

O presidente do Sindicato de Servidores de Ribeirão Preto, Nelson Barbosa, também participou do protesto, por considerar que os gastos dos prédios podem ser repassados para o município, além do fato de as escolas municipais terem de absorver muitos dos estudantes que deverão trocar de escolas.

Reflexos em Ribeirão Preto

Na última semana, a prefeita Dárcy Vera (PSD), em encontro do Consórcio dos Municípios da Alta Mogiana (Comam), disse que entraram com representação contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário estadual de educação, Herman Voorwald, e diretoria de ensino, por achar abusivo o fechamento das escolas, justamente por considerar que o município será afetado pela atitude.

O Portal Revide revelou que escolas municipais também sofrerão com uma reestruturação no ensino a partir de 2016. A Escola Municipal de Ensino Infantil Áurea Aparecida Braghetto deixará de oferecer turnos integrais para alunos da segunda etapa. Dárcy justificou a atitude com número de matrículas superior ao esperado, e também disse que com o fechamento das escolas a situação pode se agravar.

“Tínhamos como meta atender 3 mil alunos, e o número de matrículas foi maior do que esperávamos. Então estamos fazendo uma adequação, para atender o maior número de alunos do ensino infantil. Só que nós não contávamos com a atitude do governo. Então pedi para que a equipe técnica realizasse um estudo para que a gente possa verificar a possibilidade de absorver o maior número de alunos”, afirmou a prefeita.

Revide On-line
Leonardo Santos
Fotos: Leonardo Santos 

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