Ribeirãopretano concorre a uma vaga no Parlamento da Itália
O empresário Luis Roberto Lorenzato espera criar acordos de cooperação entre hospitais públicos italianos e brasileiros

Ribeirãopretano concorre a uma vaga no Parlamento da Itália

O empresário Luis Roberto Lorenzato disputa uma das quatro cadeiras reservadas para sul-americanos no Parlamento Italiano

A Itália terá eleições Legislativas no próximo dia 4 de março, e engana-se quem pensa que esse é um assunto distante do Brasil. Isso porque, 16 brasileiros irão concorrer a uma vaga no Parlamento Italiano ou no Senado do país europeu, e um deles, é nascido em Ribeirão Preto, com raízes em Orlândia.

O empresário e advogado Luis Roberto Lorenzato tentará uma das 630 vagas para deputado, propondo intercâmbios entre hospitais públicos da Itália e Brasil e criar oportunidades para os oriundi – ascendentes de italianos no Brasil – para estudos no país europeu.

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Lorenzato, que aponta ser herdeiro de um antigo rei italiano, do século X, concorre pela Lega Nord, partido com posições mais conservadoras. “É o único que tem o lema ‘Primeiro os italianos’. Estão pensando em todos nós”, comenta o empresário, que lembra que o ancestral “real”, Arduino di Ivrea, Rei da Itália, foi o fundador da Lega Italica, que buscava a independência da Itália da opressão do Sacro Império Germânico, ainda na idade média.

O empresário explica que nunca teve ambições políticas, porém, mudou de ideia com propostas de mudanças na lei de imigração, apresentadas em 2015, que ainda gera grande discussão na Itália. “Isso foi a gota d'Água”, afirma Lorenzato.

Caso eleito deputado, o empresário conta que tem a intenção de criar uma ouvidoria para ajudar os cidadãos ítalo-brasileiros a serem melhor atendidos. “Não podemos continuar sendo tratados como cidadãos de segunda classe”, diz Lorenzato, que ainda pretende costurar um acordo de cooperação de hospitais públicos italianos com os brasileiros de referência, como o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.

A disputa do empresário são com os oriundi argentinos. Isso porque, no Brasil apenas 350 mil pessoas poderão votar, enquanto na Argentina, o número é 770 mil. “Algo de errado está acontecendo com essa disparidade. Deveríamos ser no mínimo 2 milhões de eleitores”, relata.

O empresário concorre para ocupar uma das quatro cadeiras no Parlamento Italiano reservado para pessoas nascidas na América do Sul, mesmo assim, todos os 630 deputados tem o mesmo voto e podem participar de todas as discussões. No Brasil, pessoas cadastradas no consulado italiano podem votar por correspondência.


Foto: Arquivo Revide

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