Réus da Sevandija pedem tratamento igual a de advogado solto durante a semana
Defesas pedem à Justiça que sejam revogadas as prisões preventivas

Réus da Sevandija pedem tratamento igual a de advogado solto durante a semana

Entre os pedidos de isonomia para libertação da prisão preventivamente, está o da ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera

As defesas de quatro investigados na Operação Sevandija, que estão presos preventivamente, pediram à Justiça a revogação das prisões preventivas, baseando-se na libertação do advogado Marcelo Gir Gomes, que foi solto na última quarta-feira, 1º de agosto.

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De acordo com o despacho do juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, publicado em dois dos quatro processos da Sevandija, os advogados da ex-prefeita de Ribeirão Preto Dárcy Vera, do ex-secretário de Administração e Superintendente do Daerp Marco Antônio dos Santos, do ex-secretário da Casa Civil Layr Luchesi Jr, e do ex-secretário da Educação Ângelo Invernizzi, solicitaram à Justiça tratamento isonômico ao dispensado ao réu que foi solto ao longo da semana.

Tanto Dárcy Vera quanto Layr Luchesi e Marco Antonio dos Santos estão presos em penitenciárias de Tremembé, no Vale do Paraíba, desde a metade do ano passado, após terem liminares de habeas corpus revogadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já Ângelo Invernizzi está em prisão domiciliar.

O advogado Marcelo Gir Gomes foi solto na quarta-feira, por decisão da própria 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, que considerou que o tempo da prisão cautelar já havia decorrido, o que teria permitido a colheita de provas e a formalização da acusação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo.

No entanto, o juiz determinou medidas cautelares para a soltura do advogado, como o recolhimento domiciliar no período noturno entre as 20h e às 6h, a proibição de se ausentar da comarca de Ribeirão Preto e a entrega do passaporte em cartório no prazo de 24 horas, além do comparecimento a todos os atos do processo.

O juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira pediu para o Ministério Público se manifestar sobre os pedidos. Anteriormente, a própria promotoria havia sido contrária à revogação da prisão de Gir Gomes.


Foto: JFPimenta / Arquivo CCS

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