Oposição tentará emplacar nova CPI

Oposição tentará emplacar nova CPI

Vereadores tentarão aprovar investigação das “pedaladas” contra o IPM; anúncio foi feito pelo novo líder do bloco

Os vereadores de oposição à prefeita Dárcy Vera (PSD) tentarão, na sessão desta terça-feira, dia 1º, emplacar mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o governo da prefeita. O requerimento será do vereador Ricardo Silva (PDT), anunciado nesta segunda-feira, dia 31, no líder do bloco de oposição na Câmara, em substituição a Marcos Papa (sem partido).

O oposicionista disse que tentará convencer o plenário a aprovar a tramitação da CPI, já que atualmente cinco investigações tramitam na Câmara, número máximo permitido pelo Regimento Interno. Apesar do limite, o plenário pode aprovar a tramitação de outras comissões, se entender necessário.

De acordo com o vereador o pedido de CPI ocorre porque a prefeita, após conseguir parcelar a dívida com o IPM, criou nova dívida de R$ 3,6 milhões. “Somos apenas cinco, mas vamos insistir com o plenário. Se os vereadores assim decidirem, podemos ter outra CPI”, afirmou, durante entrevista coletiva da troca de liderança do bloco.

A troca de líderes no bloco, também por Paulo Modas (Pros) e Rodrigo Simões (PP), já estava prevista desde a sua oficialização, no início do ano. A previsão era que a liderança rotativa fosse ocupada por seis meses por cada vereador. “Não fizemos a substituição antes em função da correria que temos vivido”, comentou Marcos Papa.

Além dos quatro vereadores do bloco, a oposição contava ainda com os vereadores tucanos Bertinho Scandiuzzi, Gláucia Berenice e Maurício Gasparini, que decidiram atuar como bancada, com a vereadora na liderança. Segundo Papa, o fato de não estarem no bloco não significa que não estão na oposição.

Ex-aliados

Dos quatro hoje no bloco de oposição apenas Marcos Papa integrou a coligação derrotada pela prefeita Dárcy Vera nas eleições de 2012. Paulo Modas até mudou de partido e Rodrigo Simões deve mudar. Os dois justificam que não estavam confortáveis na situação ao governo, por vários erros da Administração Municipal.

Já Ricardo Silva, o vereador mais votado em 2012, com mais de 9 mil votos, integrou a coligação formada por PSD e PMDB, sendo um dos candidatos do PDT, mas não chegou a ser situação. Já na primeira sessão disputou a presidência da Câmara com o experiente Cícero Gomes da Silva (PMDB) e perdeu.

“Desde o princípio votei contra projetos que considerei ruins para a população e a favor dos projetos bons. Parlamento é poder e o parlamentar não pode estar preso ao partido ou a uma coligação”, disse Ricardo.

Revide Online
Guto Silveira
Fotos: Divulgação

 

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