Corra por esporte

Corra por esporte

Jovens se identificam cada vez mais com a corrida e se dedicam a esse esporte para manter a saúde do corpo e da mente

Superar limites, cumprindo trajetórias cada vez mais longas no menor tempo possível, é a principal meta de Henrique, Marina e muitos outros esportistas, que começaram a correr por acaso e se apaixonaram pela modalidade.

A possibilidade de transformar a prática aeróbica em um desafio levou muitos jovens a procurar a corrida nas academias. Os benefícios proporcionados pela modalidade, que não tem restrição de idade para início, também atrairam muitos seguidores. O exercício fortalece a musculatura, o abdômen, ajuda a emagrecer e a perder gordura. Além disso, melhora o sistema cardiovascular e a resistência. “É um esporte completo, mas, como qualquer outro, precisa de acompanhamento. É muito importante fazer uma avaliação física, fortalecer os músculos e ter o acompanhamento de um profissional da área”, declara Adriano Pelegrino, diretor clínico da Corpore. Praticante de corrida há seis meses, Victor Grili, de 16 anos, conta que ter o professor ao seu lado foi fundamental para sua evolução. Segundo o jovem, o profissional indica o melhor caminho, auxilia no cuidado com a respiração e monta um treino adequado para suas necessidades.

De acordo com o educador físico Rafael Simões Falsarela, a corrida é uma atividade natural do homem. “Correr faz parte da nossa vida em todas as suas fases. Quando criança, a maioria das brincadeiras exigem que se corra. Mais tarde, todos os esportes, seja na preparação ou durante sua prática, pedem o bom preparo aeróbico que a corrida proporciona”, explica o profissional. Entretanto, Rafael alerta que não é tão simples assim. Ele lembra que são necessários muitos cuidados, pois a corrida é uma modalidade muito lesiva, podendo comprometer as articulações.

Correndo com muita responsabilidade, a adolescente Isabela Bartolo, de 15 anos, segue rigorosamente o treino sugerido pelo seu personal trainer, composto por musculação, alongamento e a planilha de corrida propriamente dita. “Eu já praticava tênis, ou seja, já tinha uma resistência boa. Mas mesmo assim, tive que me adaptar às corridas. Tomo todos os cuidados, pois quero evoluir sem me machucar”, conta a esportista.

Para começar a correr, o atleta deve respeitar seus limites corporais e a fase de adaptação. A estudante Marina Augusto, de 16 anos, está se dedicando há um ano à corrida e assume que o começo foi muito difícil. “O segredo é impor metas a si mesma. Devagar, é possível melhorar seu tempo, aumentar sua velocidade e se apaixonar pela corrida”, conta a esportista, que garante que cruzar a linha de chegada é sempre uma enorme satisfação. A amiga Bruna Coselli Sborgia, de 16 anos, concorda, acrescentando que correr pode representar uma boa hora para se desligar de toda a correria do dia a dia. Além disso, Bruna classifica que a corrida é estimulante, pois desafia o praticante a melhorar seu desempenho a cada treino.

Adriano alerta sobre alguns cuidados necessários. Segundo ele, é de extrema importância ter um tênis e uma meia adequados, usar roupas leves, hidratar-se durante todo o percurso e sempre verificar o batimento cardíaco. “Alimentação e um treino com descanso também evitam lesões e ajudam na evolução”, complementa.

Foi com essa rotina que Henrique de Almeida Machado da Silveira, de 16 anos, passou a treinar. Hoje, participa de várias provas de meia maratona. “Antes, conseguia correr 20 minutos e me cansava. Hoje, seis meses depois, já participei de provas com percurso de 5 km. Cheguei, inclusive, a conquistar o primeiro lugar na minha modalidade (16 a 19 anos) na prova da Mizuno, com um tempo de 22 minutos e 31 centésimos”, declara o esportista. O mesmo aconteceu com o estudante Marco Junior, que se identificou com a corrida e inseriu a prática em sua rotina. “É muito bom, principalmente quando você consegue superar seu tempo. Além de tudo, dá para conhecer muita gente nova durante a atividade”, declara.

Um esporte altamente democrático, a corrida permite a sociabilização de diversas faixas etárias. O estudante Patrick Almeida, de 14 anos, quis experimentar a modalidade depois de ver vários familiares praticando. O mesmo aconteceu com Amanda Leonardelli, que transformou o esporte em um hábito compartilhado com as amigas e a família. “A gente combina de treinar e de participar de provas juntos”, declara.

Texto: Mariana Secaf
Fotos: Carolina Alves

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