Carnaval em Ribeirão Preto: perigos da mistura de álcool e medicamentos
Consumo de álcool per capita no Brasil chegou a 8,9 litros em 2016 e superou a média internacional, de 6,4 litros por pessoa

Carnaval em Ribeirão Preto: perigos da mistura de álcool e medicamentos

Automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros, segundo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade

A aproximação do Carnaval é motivo de alerta para os profissionais da saúde. O perigo surge com o aumento do consumo de bebidas alcoólicas, o que eleva o risco de efeitos colaterais no uso paralelo com medicamentos.

Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), em 2014, a automedicação é praticada por 76,4% dos brasileiros. Considerando que o consumo de álcool per capita no Brasil é de 8,9 litros, superior à média mundial de 6,4 L, de acordo pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016, o consumo de medicamentos e bebidas alcoólicas é uma prática comum no Brasil.

Segundo a farmacêutica Adriana Tupynambá, qualquer tratamento medicamentoso é prejudicado com a ingestão de álcool. “Medicamento é coisa séria. A bebida altera o metabolismo do corpo e pode alterar a eliminação da substância, deixando esse processo mais lento ou mais rápido do que o previsto, atrapalhando de forma importante o efeito causado no organismo”, explica.

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O caso mais comum de interação perigosa entre álcool e medicamentos é o dos antibióticos, que têm efeito no organismo prejudicado quando ingeridos junto com bebidas alcoólicas, sendo recomendável a interrupção total do uso de bebidas durante o tratamento.

Outros medicamentos de uso comum pela população também sofrem alterações. “No caso dos analgésicos e antitérmicos, como Paracetamol e da Dipirona, e anti-inflamatórios, o efeito diminui devido à eliminação mais rápida da substância, podendo acarretar até a sobrecarga do fígado”, afirma farmacêutica.


Foto: Pixabay

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