Para Estado, HC de Ribeirão Preto passa a ser referência em separação de siameses
Ao todo, mais de 40 profissionais participaram do procedimento

Para Estado, HC de Ribeirão Preto passa a ser referência em separação de siameses

Gêmeas que foram separadas passam pela etapa de cicatrização

Para o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, passa a ser referência em separação de siameses. O título vem após a conclusão dos procedimentos com as irmãs Maria Ysabelle e Maria Ysadora, que nasceram unidas pelo crânio.

“Com o sucesso do procedimento inédito, o HC de Ribeirão se torna referência no assunto e pode dar um novo rumo para a medicina brasileira”, comentou a assessoria de imprensa do governo paulista.

O cirurgião Jayme Adriano Farina Jr., chefe da divisão de cirurgia plástica do HC de Ribeirão, acredita no mérito. “Pelo fato de nós termos feito, pela primeira vez de forma bem sucedida na América Latina, essa experiência adquirida pode contribuir para que o Hospital seja no futuro um centro de consulta, e local para até novas cirurgias”.

Sarina é responsável pelo processo pós-cirúrgico, a fim de que haja uma cicatrização adequada, para que o cérebro não fique exposto. Enquanto a Maria Ysadora não requer que sua ferida seja coberta, Ysabelle ainda precisa de uma enxertia na nuca.

Comemoração

“Um dia de alegria que marca a história do hospital”, escreveu a equipe médica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto junto com a imagem das gêmeas, de 2 anos, no colo dos pais.

O motivo de tanta alegria é o bem-sucedido desfecho de separação das gêmeas que nasceram grudadas pelo topo da cabeça. Trata-se de um caso inédito na história da medicina brasileira e na América Latina a respeito do procedimento que é chamado de separação de gêmeos craniópagos.

Para entender a raridade do caso, uma a cada 2 milhões de crianças nascem unidas pela cabeça, de acordo com o Prof. Dr. Hélio Machado, chefe da equipe responsável pela operação. E a chance de ambas as crianças sobreviverem, quase sempre, é muito pequena.

Para realizar a separação, Machado reuniu uma equipe multidisciplinar com mais de 40 pessoas, no HC. “Para esse tipo de cirurgia, o método mais seguro é fazê-lo em diferentes etapas, como foi feito”, conta ele sobre o procedimento que começou em fevereiro deste ano.


Foto: Divulgação HCFMRPUSP

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