Correios entram em greve na maior parte do País
Sindicato exige melhores condições de trabalho, reajuste salarial, além de declarar oposição ao plano de privatização
Os Correios entraram em greve desde as 22h dessa terça-feira, 19. A paralisação, além de atingir Ribeirão Preto, afetará outros 20 estados e o Distrito Federal.
Segundo a Fentect, foram mais de 50 dias de negociação, sem sucesso. Entre os motivos da greve estão a ameaça e privatização da estatal, o fechamento de agências por todo o País, pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, corte de investimentos em todo o Brasil, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.
Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, o secretário geral da Federação, José Rivaldo, criticou a negociação. "É importante ressaltar que nessa campanha de negociação salarial, a empresa [Correios] só nos enrolou e retirou os nossos direitos", diz.
Já os Correios divulgaram por meio de nota que a paralisação parcial, iniciada por alguns sindicatos da categoria, não afeta os serviços de atendimento. "Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento paredista, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis."
Levantamento parcial realizado pela estatal na manhã desta quarta-feira, 20, mostra que 93,17% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e trabalhando — o que corresponde a 101.161 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
A paralisação envolve os trabalhadores dos sindicatos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília (DF), Campinas (SP), Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora (MG), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Maria (RS), Santos (SP), São José do Rio Preto (SP), Sergipe, Santa Catarina, Uberaba (MG) e Vale do Paraíba (SP).
Os Sindicatos e os representantes dos Correios irão se reunir novamente, ainda nesta semana, para elaborar um novo acordo.
Foto: Divulgação Frentect
