A cada hora, 10 bolsas de sangue são doadas em Ribeirão Preto
As doações podem ser realizadas diariamente

A cada hora, 10 bolsas de sangue são doadas em Ribeirão Preto

Em todo o ano passado, foram doadas 94 mil bolsas que salvaram vidas na cidade

No ano de 2017, os postos de coleta de sangue da cidade de Ribeirão Preto receberam cerca de 94 mil bolsas de sangue. No mesmo período, houve a mesma quantidade de transfusões sanguíneas, segundo dados do Hemocentro de Ribeirão.

O número de doações representa 257 bolsas por dia, ou cerca de 10 doações de sangue por hora. Cada bolsa de sangue possui o equivalente a 450 mililitros. 

Mesmo com a quantidade positiva, o Hemocentro ainda precisa de doações, pois não possui o número mínimo necessário para garantia de estoque de sangue. O estado mais crítico é para o sangue A-, O- e O+. Estes possuem 24, 21 e 264 bolsas respectivamente, mas necessitam de bem mais do que isso. O número necessário para cada tipo sanguíneo pode ser conferido abaixo:

Tipo A-: 44 bolsas.
Tipo A+: 246 bolsas.
Tipo AB-: 5 bolsas.
Tipo AB+: 15 bolsas.
Tipo B-: 12 bolsas.
Tipo B+: 59 bolsas.
Tipo O-: 77 bolsas.
Tipo O+: 354 bolsas.

Especialistas do Hemocentro informam que a doação é importante, pois, diariamente, muitas pessoas sofrem acidentes ou estão internadas por diferentes doenças e necessitam de transfusões sanguíneas. “O sangue humano é fracionado em diversos componentes e serve a vários pacientes e em muitas situações ele é imprescindível, não podendo ser substituído por outro produto. É algo que não pode ser comprado e, portanto, depende da solidariedade das pessoas”.

A professora Elen Arantes, 53 anos, é doadora e divulga a importância do ato aos alunos. “É importante intensificar a conscientização da doação de sangue. Sempre falo sobre o tema de conscientização com os estudantes. Ajudar é importante’, conta.

Elen fala sobre a importância em salvar vidas

Elen fala que demorou para doar, mas que, desde a primeira vez, nunca mais parou. “Eu demorei, pois acho que tinha medo de agulha. Quando perdi, fui doar e percebi que era bem tranquilo. Soa doadora há 10 anos. Sempre doo de duas a três vezes por ano. A sensação de poder ajudar alguém é positiva. O sangue não tem escolha de gênero, raça e cor. Ele é universal”.

Em princípio, todos podem se candidatar na doação. Entretanto, a aceitação depende de uma série de fatores que levam em conta o risco que aquela doação pode representar para a saúde do próprio candidato e para a do indivíduo que vier a receber o sangue doado.

Quando se realiza a triagem clínica para definir quem pode ou não doar sangue, sempre são levados em conta ambos os envolvidos, que são o doador e o receptor. Desta forma, é recomendado que não doem sangue todas as pessoas que possam apresentar alguma consequência da doação para a saúde, como, por exemplo: pessoas anêmicas, pessoas com doenças cardíacas, pessoas com peso inferior a 50 quilos, mulheres grávidas ou lactantes. Também estão impedidas, todas as pessoas cujo sangue possa provocar alguma consequência no receptor, como por exemplo, pessoas expostas ao risco maior de terem doenças passíveis de transmissão sanguínea como Hepatites, Aids, Sífilis.

A estudante Michelle Brunelli, 22 anos, acredita que todos deveriam doar. “Todos que são aptos deveriam ser doadores. Comecei a doar em outubro do ano passado, desde então faço minha parte a cada três meses. É muito bom ajudar a quem precisa. É gratificante, uma sensação sem igual saber que pode salvar a vida de alguém”, finaliza.

Michelle doou pela primeira vez em 2017

Para doar:

Hemocentro Sede – Campus da USP
Rua Tenente Catão Roxo, 2.501 – Bairro Monte Alegre
Horário de atendimento para doação de sangue: 
– de segunda a sexta-feira das 7h às 13h
– sábados, domingos e feriados das 7h às 12h30.

Hemocentro - Centro
Rua Quintino Bocaíuva, 470 – Centro
Horário de atendimento: 
– de segunda a sexta-feira das 7h30 às 17h30
– sábados, domingos e feriados das 7h às 12h30.


Foto: Divulgação e Arquivo Pessoal

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