PF prende membro de quadrilha que movimentou R$ 3 bi em contrabando
PF prende membro de quadrilha que movimentou R$ 3 bi em contrabando

PF prende membro de quadrilha que movimentou R$ 3 bi em contrabando

Homem foi detido no último domingo, 23, após abordagem da Polícia Rodoviária; ele estava foragido desde junho de 2016

A Polícia Federal prendeu em Ribeirão Preto um investigado por participar de esquema de contrabando que movimenta anualmente R$ 3 bilhões. Gilmar de Moura foi detido na Rodovia Anhanguera, próximo a Jardinópolis, no último domingo, 23. Ele estava foragido desde junho de 2016, quando foi deflagrada a Operação Celeno, que investiga a quadrilha.

De acordo com a PF, Moura trafegava pela Rodovia Anhanguera quando foi parado pela Polícia Militar Rodoviária, e apresentou os documentos do irmão como se fossem o dele, para tentar enganar os policiais, já que ele possui um pedido de prisão preventiva expedido pela justiça Federal do Paraná, em junho do ano passado.

Os policiais que realizaram a abordagem desconfiaram da atitude de Moura e constataram sua verdadeira identidade. Ele foi preso em flagrante pelo delito de falsa identidade, e apresentado na Polícia Federal, que cumpriu o mandado de prisão expedido pela Justiça.

O preso foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O caso

Gilmar é um dos investigados na Operação Celeno, que apura uma organização criminosa que atuava em vários Estados e que chegou a movimentar R$ 3 bilhões em mercadorias contrabandeadas. A PF apurou que havia quatro grupos criminosos que, diariamente, conduziam suas aeronaves do Paraguai, até pistas clandestinas no interior do Estado de São Paulo.

As mercadorias eram então retiradas dos aviões e escoadas para entrepostos de armazenamento, de onde eram transportadas por caminhões e veículos até os destinatários finais.

Ao menos 12 aeronaves eram utilizadas pelos criminosos, com até dois voos diários, conforme as condições de clima e luminosidade. Cada aeronave levava cerca de 600 quilos de mercadorias, num valor estimado de US$ 500 mil por frete ilícita, segundo a PF. Os criminosos eram contratados por agenciadores no Paraná, em Foz do Iguaçu, e também no Paraguai e comercializavam as mercadorias em empresas em Ribeirão Preto e São Paulo.

Ao longo das investigações foram apreendidas quatro aeronaves, sendo uma delas um monomotor alvejado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em outubro de 2015, quando tentava retornar ao Paraguai carregado de mercadorias.

Ao todo, 43 pessoas foram presas pela operação, que contou com 18 manados de condução coercitiva e 77 de busca e apreensão, nos estados do Paraná, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.


Foto: Pedro Gomes

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