Justiça condena 50 envolvidos em esquema de contrabando com base em Ribeirão Preto
Ao todo, 86 pessoas são investigadas na Operação Celeno, conduzida pelo Ministério Público Federal do Paraná
Grupo que fazia parte de um esquema de contrabando de anabolizantes e produtos eletrônicos vindos do Paraguai, que tinha Ribeirão Preto como um dos principais centros de distribuição, foi condenado pela Justiça Federal do Paraná.
Ao todo, as penas de mais de 50 pessoas, que foram denunciadas na Operação Celeno, pelo Ministério Público Federal do Paraná, somam 553 anos - ao todo, foram 86 denunciados. A sentença sobre o caso foi proferida no último dia 3 de julho, e ainda há outros seis processos em andamento.
Entre os condenados, estão líderes de quatro organizações criminosas envolvidas no esquema de importação, sendo que três atuavam em Ribeirão Preto. De acordo com a Polícia Federal, esses grupos movimentaram mais de R$ 3 bilhões em anabolizantes e produtos eletrônicos, por meio aéreo.
Eles utilizavam 12 aeronaves, que foram apreendidas em alguns municípios da região de Ribeirão Preto, como Ituverava, Orlândia e Barretos, locais em que os grupos utilizavam para desembarcar os produtos contrabandeados do Paraguai.
Durante as investigações, segundo o Ministério Público Federal, foi constatado que as organizações, quase que diariamente, conduziam aeronaves de Salto Del Guairá, no Paraguai, até pistas clandestinas no interior de São Paulo. Os processos que tramitam na Justiça Federal narram a realização de 585 voos clandestinos.
Os responsáveis pelos fretes aéreos eram contratados por agenciadores baseados em Foz do Iguaçu (PR) e em cidades do Paraguai. Parte da comercialização dessas mercadorias ocorria em empresas dos próprios líderes das organizações criminosas, que ficavam localizadas em Ribeirão Preto e em São Paulo.
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Foto: Pedro Gomes - arquivo Revide