Prefeitura informa que salário será parcelado para 10% dos servidores
Sindicato eleva o tom contra o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e não descarta a possibilidade de greve

Prefeitura informa que salário será parcelado para 10% dos servidores

Salários acima de R$ 3,5 mil serão pagos em duas vezes em setembro; administração diz que serão 1,6 mil servidores, já sindicato fala em 4 mil funcionários afetados

A Prefeitura de Ribeirão Preto informou que 10% dos servidores municipais terão os salários parcelados no mês de setembro. Na quarta-feira, 28, o governo anunciou que irá atrasar o pagamento dos servidores municipais referente ao mês de agosto. Segundo nota divulgada pelo Executivo, o atraso é causado por “dificuldades financeiras enfrentadas pela administração municipal”.

Os servidores com vencimentos acima de R$ 3,5 mil líquidos, receberão o salário em duas vezes. A primeira parcela, de R$ 3,5 mil, no dia 4 de setembro, e o restante no dia 14 do mesmo mês. Já os servidores que recebem abaixo de R$ 3,5 mil, terão os salários pagos normalmente.

As empresas públicas com receita própria farão o pagamento dos funcionários normalmente e de forma integral. O mesmo acontecerá com os profissionais da Secretaria da Educação.

A administração pública conta, atualmente, com cerca de 15 mil servidores públicos, incluindo autarquias, empresas, além de aposentados e pensionistas. Destes, 1,6 mil receberão o salário de agosto parcelado. Número que corresponde a 10% da folha de pagamento. Segundo levantamento do Sindicato dos Servidores, serão 4 mil funcionários que terão os salários parcelados. 

Subiu o tom

Em nota, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto elevou o tom quanto ao parcelamento dos salários. A possibilidade de greve foi reiterada, além de um possível pedido de impeachment do prefeito Duarte Nogueira (PSDB).

O presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto, confirmou que a existe a possibilidade de greve geral. “No momento, discutimos internamente essas questões. Iremos realizar um calendário de visitas aos trabalhadores para avaliarmos a necessidade da convocação de uma assembleia para deliberar a greve”, explicou.

Segundo Augusto, o setor jurídico do Sindicato já estuda o pedido de impeachment do prefeito, além de um mandado de segurança para tentar barrar o parcelamento dos salários.

O Sindicato vem de recorrentes derrotas frente ao Executivo, como o reajuste salarial negado no início do ano e a reforma do IPM.   "Esse governo que já deveria ter sido afastado por gestão temerária. E é lamentável que nenhuma providência nesse sentido foi tomada pela Câmara municipal", declarou o presidente do Sindicato.


Foto: Arquivo Revide

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