Ribeirão assina convênio para levantamento técnico sobre situação de museu
Museus Histórico e do Café estão interditados desde 2016

Ribeirão assina convênio para levantamento técnico sobre situação de museu

Convênio firmado entre a prefeitura e o Centro Universitário Moura Lacerda deve apontar necessidades para reforma de prédios

Depois de quase dois meses do anúncio, a Prefeitura de Ribeirão Preto assina nesta quarta-feira, 31, um convênio com o Centro Universitário Moura Lacerda para que se tenha início um levantamento sobre as necessidades de reforma da infraestrutura do Museu Histórico do município, fechado desde 2016.

De acordo com o Centro Universitário, o levantamento técnico elaborado pelos especialistas está previsto para ser realizado durante seis meses. Professores e alunos do Moura Lacerda serão responsáveis por fazer uma análise sobre a situação da infraestrutura do espaço, como a situação das redes elétricas e hidráulicas dos prédios.

Com base nestas informações, a prefeitura deve confeccionar um projeto executivo e de restauro. Levantamento semelhante já havia sido feito por alunos e docentes do Centro Universitário no processo de restauro do Palacete Jorge Lobato, no Centro de Ribeirão Preto, e que foi inaugurado este ano.

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Em 3 de setembro, dia seguinte ao incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que levantou o alerta sobre a preservação dos museus, a Prefeitura de Ribeirão Preto anunciou a parceria, que estava prevista para ser oficializada ainda naquele mês, no entanto, o acordo foi atrasado até esta quarta-feira, 31.

Na ocasião, o Governo fez uma estimativa de que a reforma dos dois museus custe cerca de R$ 6 milhões, com recursos provenientes da Lei Rouanet. Ainda segundo a administração municipal, o Museu do Café receberá investimento de R$ 250 mil do Ministério do Turismo, que será destinado à Casa do Colono.

Interditados

Os Museus do Café e Histórico de Ribeirão Preto estão interditados desde março de 2016, quando o forro do teto de uma das salas do Museu Histórico caiu sobre um piano fabricado no século XIX. No entanto, as reclamações sobre o mau estado de conservação do local são criticadas há pelo menos 9 anos, conforme apontou reportagem do Portal Revide, na ocasião.

Desde o último dia 24 de setembro, os museus são chefiados pelo arquiteto José Venâncio Souza Jr, que assumiu a função no lugar de Maria Luiza Clapis Pacheco Chaves, que dirigia os dois locais desde junho de 2016. Ela havia iniciado o trabalho de catalogação de peças do acervo.


Foto: Arquivo Revide - Guto Silveira

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