Secretário da Fazenda de Ribeirão Preto diz que "empresas devem ser extintas”
Segundo a prefeitura, administrações públicas tendem a ser incorporadas a longo prazo

Secretário da Fazenda de Ribeirão Preto diz que "empresas devem ser extintas”

Manoel Gonçalves afirmou, em reunião na Câmara, sobre esforços do município para cortar despesas


Prefeitura de Ribeirão Preto informou que empresas ligadas às administrações públicas tendem a ser incorporadas a longo prazo.


O secretário da Fazenda de Ribeirão Preto, Manoel Gonçalves, afirmou que as empresas da administração indireta do município devem ser extintas. A fala foi proferida pelo secretário em reunião pública para discussão da Planta Genérica de Valores (PGV), realizada na Câmara Municipal na última segunda-feira, 3.

“Não há dúvidas de que nós temos as nossas empresas, e elas têm de ser extintas, e vão ser extintas. Isso é uma demanda de nosso prefeito. Elas vão acontecer”, afirmou o Gonçalves enquanto falava sobre os esforços do município para equalizar as contas do governo e defender a aprovação da nova PGV no Legislativo.

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Caso aprovada a revisão da PGV, haverá reajustes nos valores cobrados pelo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) de Ribeirão Preto. A proposta é defendida pela administração de Duarte Nogueira (PSDB) em razão do fato de a Planta Genérica não ter seus valores revisados há 15 anos. Além disso, a administração municipal defende que a nova PGV seria mais justa com os moradores, pois levaria em consideração as mudanças no mercado imobiliário em Ribeirão Preto neste período, além de ser necessária para gerar mais receita para a prefeitura.

“Nós estamos ali, firmes para acabar. O Cotim [Comitê de Otimização do Gasto Público] está ali. Estamos cortando despesas. São situações que nos preocupam”, completou o secretário, ao afirmar que a cidade não tem como sobreviver se não houver aumento de receitas.

Empresas incorporadas

Durante a reunião, o secretário não informou quais são essas empresas da administração indireta que devem ser extintas. Porém, por meio de nota, a Prefeitura de Ribeirão Preto informou que isso é hipotético, “dentro do contexto de que as empresas ligadas às administrações públicas tendem a ser incorporadas", a longo prazo.

Além disso, a prefeitura ainda informa que, desde o início do governo de Duarte Nogueira, há redução de custos e gastos das empresas como Companhia Habitacional Regional de Ribeirão Preto (Cohab-RP) e Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp).

Entre as medidas direcionadas à Coderp, estão a renegociação da dívida tributária, que está na casa de R$ 158 milhões, e que impedia a assinatura novos contratos. Além de contestar parte desta dívida, também foi realizado o desligamento de 646 funcionários diretos e terceirizados, reduzindo para 183 servidores.

Na Cohab-RP, a administração também ressalta a redução de 134 para 58 funcionários, redução de seis para três diretorias, extinção de todos os 24 cargos de confiança, venda de 60% dos veículos e equacionamento de débito com a Caixa Econômica Federal.


Foto: Julio Sian

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