Dia do Rock: Ribeirãopretanos têm o gênero musical como profissão

Dia do Rock: Ribeirãopretanos têm o gênero musical como profissão

No Dia Mundial do Rock, profissionais do ramo declaram seu amor ao gênero que desde a década de 1950 encanta uma legião de fãs no mundo

Grande parte das pessoas, quando jovens, já sonhou em ser integrante de uma grande banda de rock, sair em excursão, fazer shows, ganhar dinheiro. Mas viver do rock nem sempre está relacionado só com o ato de subir em um palco e arrancar gritos da multidão.

Leonardo Castro Reis é engenheiro de produção, no entanto, decidiu focar seus estudos na chamada “Cadeia Produtiva da Cultura” e atualmente é gerente de projetos do João Rock – o tão querido festival de música de Ribeirão Preto.

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“O Rock está em todo lugar. Meu trabalho exige isso. E é por isso que eu trabalho com tesão no que faço. Escolhi trabalhar com música porque as coisas ficam muito mais fáceis quando a gente trabalha com o que gosta. O principal projeto no qual estou envolvido tem rock no nome. Talvez seja uma a das palavras que eu mais falo no dia, aliás – junto com a palavra João”, brinca Reis.

Produção

Para lançarem um disco, subirem ao palco de um grande festival, as bandas precisam de um produtor, ter um selo no qual sua “empresa sonora” terá todo o suporte mercadológico necessário. É o que faz o produtor musical Felipe Maia, CEO e fundador da produtora Baboo Music, instalada em Ribeirão Preto.

“O rock entrou pela porta de casa. Meus pais ouviram muito Paralamas do Sucesso, Titãs, Lulu Santos, The Police. Aos poucos comecei a escolher os CDs que mais gostava de ouvir e aos 12 anos descobri uma fita cassete do Offspring e um CD do Rage Against the Machine. Foi nesse momento que realmente entrei no mundo do rock”, conta Maia, músico, produtor musical e engenheiro de som.

A paixão pela música fez Felipe optar pelo curso de Rádio e TV. “Na faculdade me dei conta que a música sempre caminhou comigo. Então decidi fazer da música o meu trabalho e sustento”, completa.

Além de produzir bandas e artistas locais e da região, Felipe Maia é guitarrista na Invasores do Sertão, banda de rock autoral de Ribeirão Preto.

Orgulho

Foto: Nátaly SchiavonJP Barrionovo, guitarrista da banda ribeirãopretana Kilotones, conta que viver de música foi o que ele sempre buscou, juntamente com seus irmãos – AJ e Pedro Barrionovo.

O trio roqueiro de Ribeirão Preto toca junto desde quando os integrantes eram crianças e o guitarrista afirma que eles sempre tiveram a ideia de que era preciso trabalhar como uma empresa.

Para dar certo, diz o músico, eles se organizaram, de fato, como uma empresa. “Tudo para que pudéssemos ter retorno dentro da música. Para que pudéssemos viver e ganhar dinheiro com a nossa arte. E é um prazer porque já não se trata somente de um trabalho. Aprendemos desenvolvendo essas atividades e fazemos com amor, além de ser um negócio. Então, viver de música, com o estilo que a gente gosta, é muito prazeroso. E encontrar pessoas que gostam da nossa arte já se torna algo mágico porque crescemos vendo nossos ídolos fazendo o que fazemos hoje”, completa JP.


Foto: Tatiana Tavares | Nátaly Schiavon

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