Saiba mais sobre filme de época produzido na região de Ribeirão Preto
Produtor de “Maria B - Ecos do passado” comenta sobre a produção do filme e suas inspirações
O filme “Maria B - Ecos do passado”, é um curta-metragem produzido durante a pandemia, que se inspira em acontecimentos históricos reais que ocorreram em São Simão, na região de Ribeirão Preto, para contar uma trama que trabalha com o passado e o presente. O filme será lançado no dia 8 de novembro, na plataforma independente Take Play Brasil. O produtor do curta, Milton Martins, contou a Revide como foi a produção desse filme, comentando sobre suas inspirações, o elenco e os desafios de se produzir durante a Covid.
Milton Martins durante a produção do filme "Maria B - Ecos do passado". Foto: Distribuição
Revide - Como surgiu a ideia do filme?
Milton Martins - Eu tenho uma paixão muito grande por ferrovias e antigas estações de trem. Um dia estava fazendo uma live sobre o tema e surgiu a ideia de fazer alguma coisa. Todas as estações de trem remetem ao passado, eu já conhecia uma delas aqui na região de Ribeirão Preto, em São Simão, na zona rural, que é a Estação Cerrado, e observei que ali houve alguns fatos históricos no final do século XIX. Então eu pensei em elaborar um contexto em que pudesse surgir um roteiro que contemplasse esse passado e de certa forma conectar ele ao presente. Foi assim que surgiu a história do “Maria B - Ecos do passado”.
O filme foi produzido durante a pandemia, como funcionou a produção? Tiveram muitos desafios?
Tivemos uma dificuldade extra, no período da pandemia havia uma série de limitações sanitárias. Não podia encontrar com as pessoas presencialmente. Mas por outro lado, teve um ponto positivo, os atores nesse período estavam totalmente sem atividade, completamente parados, nisso eles viram uma oportunidade de estarem marcando presença nesse universo de dramaturgia. Então eu apresentei a ideia para alguns que foram selecionados para o elenco, eles gostaram muito e a partir de então iniciamos o processo de produção.
O filme é uma produção regional, o elenco segue essa mesma via? Os atores são da região de Ribeirão Preto?
Todos os atores são de Ribeirão Preto e região. A protagonista, Rosana Rossini, é do Grupo de Cinema de Brodowski. O Odair Martins, que é o vilão do filme, o Dioguinho, também é de lá e tem mais uma atriz que é da cidade. Alguns atores são de Ribeirão Preto, de Pitangueiras, Jaboticabal e Bebedouro. Então contemplamos uma boa parte da região nesse elenco, foram ao todo 14 atores, incluindo os papéis principais e figurantes, todos da região.
O filme mistura o presente com o passado ao longo da trama, apresentando uma narrativa que se passa tanto no presente, quanto em 1897. Como é trabalhar com uma produção que viaja no tempo?
O roteiro contempla o fato que ocorreu no passado, nós reproduzimos a cena fielmente, com base na história real. A partir disso, fizemos uma ligação desse passado reverberando no presente, isso que cria o suspense, porque o gênero do filme é um suspense romântico. Então fazemos um elo entre o fato que ocorreu no final do século XIX, que foi o assassinato do Marciliano pelo Dioguinho, a mando de um coronel, devido a relação do Marciliano com sua amante, a Maria Balbina. Isso é um fato real, nós estudamos e pesquisamos bastante essa história, foi a partir daí que achei interessante, porque isso repercute na virada dos séculos XIX para o XX e o Dioguinho fica conhecido como um matador aqui da região. Eu procurei pegar um gancho com o que estava acontecendo no país no presente, que era a pandemia do novo Coronavírus. A protagonista, Maria B, é uma médica que sofre com o estresse do trabalho e também com uma desilusão amorosa, esse é o motivo que leva ela para o ambiente onde entra em contato com esse passado. As cenas de época são ambientadas no ano de 1897, com cenografia, a estação é totalmente preservada, e o figurino é todo montado com inspiração na época.
Onde as pessoas podem assistir ao filme?
A partir do dia 8 de novembro o filme vai estar na plataforma Take Play Brasil. É uma plataforma que desenvolvi, pelo meu estúdio, para publicar esse filme e outros dos meus trabalhos autorais, foi uma forma de realizar o trabalho de divulgação do filme.
Foto: Divulgação
