Diversificando as vendas, Agrishow 2016 cresce

Diversificando as vendas, Agrishow 2016 cresce

Com público menor, e influência de variações climáticas e de culturas agrícolas, edição deste ano alcança R$ 1,95 bilhão

Mesmo com público menor do que na que última edição, a Agrishow 2016, em Ribeirão Preto, teve um futuramento 2% maior na comparação entre os anos, e 20% a mais do que o esperado pela organização, como foi divulgado no balanço parcial da feira, nesta sexta-feira, 29.

A feira, que termina nesta sexta, acumulou em vendas R$ 1,95 bilhão, com um público de 152 mil pessoas, um pouco menor do que do último ano, quando mais de 160 mil visitaram, e animou os organizadores, que esperam que no balanço definitivo, marcado para o dia 12 de maio, o número seja maior.

O presidente da Agrishow, Fábio Meireles, disse que isso é uma demonstração da consolidação da atividade agrícola no País no sentido técnico e científico. Já o presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, afirmou que a chamada qualidade do público influenciou no resultado.

"Isso mostra que a qualidade do público ficou dentro das expectativas, pois mesmo em número menor, e com o mercado em uma situação deteriorada, superou as expectativas, que era de que despencasse", revelou Pastoriza.

Além disso, foi destacado que interferências climáticas, como a estiagem que o Estado de São Paulo passou no último ano, ajudou nas vendas, já que equipamentos de irrigação foram bastante procuradores na feira, além da diversificação da culturas.

"O produtor está se organizando e passando a ser um empresário rural. Uma mudança de postura entre banco, cliente e as fábricas", destacou o presidente da Câmara setorial de Irrigação, Vinicius Melo.

Mas as cobranças não foram esquecidas no balancete da Agrishow. Fábio Meireles pediu para que se dê mais confiança para os produtores, já o presidente de honra, Maurílio Biagi Filho, que na abertura da feira pediu mais cuidado com a política de exportação agrícola, comentou que independente das mudanças políticas que possam acontecer nos próximos meses, como a possível mudança de governo e formação de novos ministérios, a expectativa é de que os políticos cumpram com as funções, não importa quem seja.

“Estamos em uma fase de reconstrução, e temos que encarar essa situação. As notícias são especulativas, e não têm nada de concreto, por isso não podemos fazer previsões. Espero que as coisas caminhem. Estamos preocupados com o Brasil, e não com pessoas”, concluiu.


Foto: Ibraim Leão

 

 

Compartilhar: