Sertãozinho deve fechar 2015 com empregos no vermelho

Sertãozinho deve fechar 2015 com empregos no vermelho

O saldo de demissões em Sertãozinho neste ano é de quase 3 mil vagas de trabalho

Neste ano, mais de 18,1 mil pessoas perderam o emprego em Sertãozinho e quase 3 mil não conseguiram uma nova atividade, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

E a conta pode engrossar ainda mais, já que na última semana a Dedini, umas das principais empresas fornecedoras de pessoas para a cadeia produtiva do setor sucroenergético, dispensou mais 100 trabalhadores no município, e os números do Caged têm como referências apenas até o mês de outubro.

Em 2014 foram mais de 25,5 mil demissões nas empresas da cidade, sendo que mais de 2 mil não conseguiram reposicionamento no mercado de trabalho naquele ano.

A Agência Estado informou que as dispensas na Dedini já estão relacionadas ao plano de recuperação judicial apresentado pela empresa no último mês de novembro, que prevê o fechamento da unidade de Sertãozinho e o corte de 500 empregados.

Entretanto, uma assembleia com os credores da Dedini ainda deve ocorrer no início de 2016 para definir se a proposta apresentada à Justiça de Piracicaba, onde ela tem sede, para ser votada.

Os passivos da empresa passam de R$ 1,8 bilhão, sendo que R$ 1,4 bilhão é devido a passivos judiciários, R$ 300 milhões por dívida bancário com alienação fiduciária e R$ 147 milhões de dívidas com credores.

O sindicato dos metalúrgicos de Sertãozinho enviou comunicado dizendo que a empresa não cumpriu com os termos acertados para o término de uma greve em outubro e que as dispensas ocorreram por meio de cartas.

 “A Dedini não vem cumprindo com sua obrigação e o pior, contratou uma empresa que só pensa em números e esquece o ser humano. Eles não têm a mínima noção do que é o setor metalúrgico e muito menos do que representa Sertãozinho no cenário nacional”, afirmou o presidente do sindicato Samuel Marqueti.

O advogado da empresa, Júlio Mendel, explica que a recuperação judicial é “uma ferramenta para evitar que a empresa quebre, e isso garante proteção aos credores da Dedini, que terá mais tempo para negociar as dívidas”.

Recuperação aprovada

Também na última semana, foi homologado pela Justiça de Sertãozinho o plano de recuperação judicial da Simisa. A dívida listada no plano aprovado nesta semana é de R$ 172 milhões. O acordo havia sido pedido em novembro de 2014.


Foto: Arquivo Revide

 

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