Sertãozinho se destaca nas exportações para China

Sertãozinho se destaca nas exportações para China

Exportações para China cresceram quatro vezes neste ano

A China se consolidou como principal importadora de produtos fabricados na região de Ribeirão Preto em outubro de 2015. O crescimento foi quase de quatro vezes ao comparado com o mesmo mês do ano passado. Sertãozinho foi o principal influenciador.

As exportações para a China passaram de US$ 50 milhões para US$ 190 milhões. De acordo com os economistas da Fundace, que realizaram o boletim Comércio Exterior, isso se deve ao crescimento das exportações de soja produzidas em outras regiões do País, que passaram a ser contabilizadas em municípios da região, como Sertãozinho.

Isso porque, nos 11 primeiros meses de 2014, as exportações de soja e seus derivados foram inexistentes, enquanto nos 11 primeiros meses de 2015 elas foram de US$ 127 milhões.

O economista Luciano Nakabashi, responsável pela pesquisa, acredita que essa presença da soja nas vendas regionais “são uma situação contábil, e não necessariamente de produção”, como ocorre em Araraquara, onde existe um modal de cargas, que fazem aquela região também se destacar por esse motivo.

“Se não houvesse essa cotação da soja na região, as exportações daqui ficariam estáveis na comparação entre os dois anos”, afirma Nakabashi.

Entretanto, as exportações para os Estados Unidos caíram 10% do ano passado para este, passando de US$ 98 milhões em outubro de 2014, para US$ 90 milhões. Reino Unido (-85), Holanda (-15%), Venezuela (-15%), e Arábia Saudita (-6%) também importaram menos dos municípios da região. Enquanto isso, o Marrocos aumentou em três vezes as compras de produtos da região. Salto de US$ 20 milhões para US$ 60 milhões.

Já exportações específicas do município de Ribeirão Preto à China também aparecem com destaque. Os chineses dobraram a compra de produtos no município, passando de US$ 4 milhões para US$ 8 milhões.

Entretanto, os maiores compradores da região são Estados Unidos (US$ 18 milhões), Holanda e Colômbia (US$ 13 milhões), e Argentina (US$ 8 milhões). Mesmo sendo o principal município da região, Ribeirão Preto não se destaca muito com relação às exportações. Os economistas da Fundace explicam que isso se deve pela maior industrialização nas cidades da região.

“Já o município de Ribeirão Preto possui uma economia focada em atender a região via comércio e serviços, o que explica a menor importância das exportações em sua dinâmica econômica”, concluem os economistas.
 

Foto: Arnaldo Alves / ANPr

 

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