Empresa alvo da 5ª fase da Sevandija diz desconhecer irregularidades
PF informa que presos são suspeitos de pagamento de propina e de lavagem de dinheiro

Empresa alvo da 5ª fase da Sevandija diz desconhecer irregularidades

A Polícia Federal e o Gaeco deflagraram a Operação Callichirus nesta terça-feira, 13

A empresa alvo da Operação Callichirus, 5ª fase da Sevandija, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, nesta terça-feira, 13, diz “desconhecer qualquer irregularidade”.

Nesta fase da operação, três pessoas foram presas. Um quarto mandado de prisão foi expedido para o ex-secretário de Administração de Ribeirão Preto Marco Antonio dos Santos, mas ele já cumpre 18 anos de pena na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Os outros mandados seriam para um homem em Mauá, município do ABC Paulista, para a companheira de Marco Antonio, Telma Regina Alves, e um funcionário da Aegea.

De acordo com a Polícia Federal e o Gaeco, os presos são suspeitos de pagamento de propina e de lavagem de dinheiro ligados à contratação milionária de empresa de saneamento pelo Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), prática que teria prosseguido mesmo depois da deflagração da Operação Sevandija.

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Segundo a promotoria, foram detectadas irregularidades em contratos do Daerp para a perfuração de poços em Ribeirão Preto. A promotoria acredita que houve aumento de 93% no valor das obras de perfuração e manutenção de poços artesianos da cidade no período de dois anos. O valor licitado foi de R$ 69 milhões, além de um aditivo de R$ 15 milhões.

Segundo o Ministério Público, a empresa teria ganhado a licitação mediante o pagamento de propina para o ex-diretor técnico do Daerp Luiz Mantilla.

Jorge Amin, outro executivo da Aegea, chegou a ser preso preventivamente no início da operação, em 2016, mas foi liberado. Em março de 2017, a Justiça bloqueou R$ 18,3 milhões da empresa.

Por meio de nota, a Aegea Engenharia confirma que foi alvo da operação de busca e apreensão nos seus escritórios e que está colaborando com as autoridades. Além disso, a empresa informou que está prestando toda assistência jurídica necessária para o funcionário que foi detido e disse que “desconhece qualquer irregularidade”.

A reportagem do Portal Revide tentou entrar em contato com os advogados de Marco Antonio dos Santos e Telma Regina, porém as ligações não foram atendidas.


Foto: divulgação - Gaeco

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