Justiça determina reintegração de posse de fazenda de Maria Zuely
Imóvel, suspeito de ter sido adquirido com dinheiro desviado dos cofres públicos, foi invadido no fim de fevereiro
A justiça de Caujuru determinou a reintegração de posse da fazenda Inhacundá, da advogada Maria Zuely Librandi, que foi ocupada por integrantes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), no fim do mês de fevereiro. De acordo com a Polícia Federal e com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a área teria sido adquirida com dinheiro desviado da Prefeitura de Ribeirão Preto, conforme apurado nas investigações da Operação Sevandija.
A decisão foi do juiz Mario Leonardo de Almeida Chaves Marsiglia, do Foro de Cajuru, que acatou pedido de liminar do filho de Maria Zuely, o também advogado Leandro Librandi, para que o local fosse desocupado pelos sem-terra.
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O juiz determinou multa de R$ 15 mil ao dia caso a liminar seja descumprida pelos ocupantes, que estão no local desde o dia 25 de fevereiro. São “cerca de 20 pessoas”, segundo relatório da Polícia Federal, que construíram barravas na fazenda, mas estima-se que mais de 100 pessoas estejam no local. Eles pedem que a área seja devolvida, e que o intuito é protestar contra a corrupção e em favor da reforma agrária.
A fazenda está bloqueada pela justiça, já que é objeto de investigação da Operação Sevandija, pois ela teria sido adquirida pela advogada Maria Zuely Librandi, por aproximadamente R$ 11 milhões, para que fosse uma futura fonte de renda do “conluio”, de acordo com o Gaeco, formado pela advogada, pelo advogado Sandro Rovani, pela ex-prefeita Dárcy Vera, e pelo ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues.
Foto: X-Tudo-Ribeirao