Sevandija: investigados querem adiar audiência e anular delação
Sevandija: investigados pedem adiamento de audiência e anulação de delação

Sevandija: investigados querem adiar audiência e anular delação

Um deles solicitou, inclusive, para não usar uniforme em depoimento

O juiz da 4ª Vara de Justiça de Ribeirão Preto, Lucio Alberto Eneas da Silva Ferreira, rejeitou o pedido da defesa do ex-secretário da Educação de Ribeirão Preto, Ângelo Invernizzi Lopes, que é investigado na Operação Sevandija, para postergar o início das audiências de acareação de testemunhas, que têm início no próximo dia 24 de julho.

A defesa do ex-secretário pediu o adiamento da audiência de instrução, requerendo mais tempo para que o perito Ricardo Molina, contratado pela defesa para a análise dos áudios de grampos telefônicos coletados ao longo das investigações, avalie os materiais.

O juiz apontou que a defesa teve dez meses, desde que foi deflagrada a operação, para analisar os áudios, e por isso rejeitou o pedido, já que ele aponta que todas as provas do processo foram disponibilizadas as defesas dos acusados. Além disso, o juiz ainda apontou que haverá mais tempo para as análises enquanto são arroladas as testemunhas – apenas Invernizzi apontou 133.

Anulação delação

A defesa do ex-superintendente do Daerp, Marco Antonio dos Santos, pediu ao mesmo tribunal a anulação da delação do ex-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Wagner Rodrigues, o que foi negado pelo juiz Lucio Alberto Eneas da Silva Ferreira. O juiz considerou que “este não é momento processual adequado para análise da validade ou nulidade da delação premiada”, que só será analisada posteriormente.

Marco Antonio também pediu para que o tratamento recebido seja o mesmo do advogado André Hentz, acusado por Rodrigues de fazer parte do esquema, mas que permanece em liberdade, o que também foi rejeitado pelo juiz.

Uniforme

Já a defesa de outro investigado na Sevandija, o ex-superintendente da Coderp, Davi Mansur Cury, fez um pedido para o Tribunal de Justiça de São Paulo para que o paciente não prestasse depoimento algemado e com o uniforme de presidiário,segundo informou o Jornal da EPTV, condição em que está desde a revogação da liminar do habeas corpus, em maio, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decretou a volta da prisão preventiva dele, e de outros seis investigados, entre elas a da ex-prefeita Dárcy Vera. O pedido foi protocolado na quarta-feira, 12, e ainda não teve decisão da justiça. Procurada pela reportagem, a defesa não foi encontrada.


Foto: Arquivo Revide

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