Sevandija: Justiça indefere requerimento de advogados contra agente da PF
Advogados pediram que fosse considerada parcialidade de atuação de agente ao longo das investigações

Sevandija: Justiça indefere requerimento de advogados contra agente da PF

Juiz considerou que atuação de agente da Polícia Federal deve ser analisada em “momento oportuno”

A Justiça de Ribeirão Preto indeferiu um requerimento movido pelas defesas de réus da Operação Sevandija que pediu o reconhecimento da parcialidade de um dos agentes da Polícia Federal que participou das investigações que deflagraram a operação.

Em despacho do juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Eneas da Silva Ferreira, publicado nesta quarta-feira, 20, ele diz que não existe justificativa para nulidade do processo, por considerar que não houve influência do agente no direcionamento das investigações.

Os advogados alegam que o agente Luiz Janones, por ser casado com uma antiga funcionária da Companhia de Desenvolvimento de Ribeirão Preto (Coderp) no período em que foram firmados os contratos pela investigação, poderia ter influenciado no andamento da operação.

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Na decisão, o juiz destacou que “valor do depoimento do policial Janones, assim como, dos atos de investigação praticados por ele, serão objeto de avaliação criteriosa em momento oportuno”, e, ainda lembrou que outros agentes participaram do processo investigatório, além de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo.

Desta forma, ele sublinhou que “se houve algum ato de parcialidade ou até de ilegalidade eventualmente praticado pelo Agente Federal no curso da investigação criminal, deverá ser apurado à parte, podendo o resultado da investigação ser juntado aos autos a qualquer tempo”, escreveu.

Indeferidos pedidos de revogação da prisão preventiva

Além da decisão sobre o requerimento protocolado pelos advogados, o juiz negou dois pedidos de revogação de prisão preventiva realizados pelas defesas do ex-secretário da Casa Civil de Ribeirão Preto, Layr Luchesi, e do ex-superintendente da Coderp, Davi Cury.


Foto: Amanda Bueno

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