Catedral: Dárcy diz que acatará decisão do Condephaat
Prefeita em reunião com representantes da Acirp

Catedral: Dárcy diz que acatará decisão do Condephaat

Prefeita se reúne com presidente da Acirp e vereador e garante que cumprirá a decisão do órgão de defesa do patrimônio, mas afirma que haverá prejuízos

A prefeita Dárcy Vera (PSD) assegurou, na manhã desta sexta-feira, 13, que qualquer que for a decisão do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) a respeito da construção das estações de embarque e desembarque nas proximidades da Catedral Metropolitana ela a acatará. A prefeita, no entanto, afirmou que haverá prejuízos para o comércio e para os usuários do transporte coletivo.

Ela faz a afirmação durante uma reunião com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), Antonio Carlos Maçoneto, o vereador Rodrigo Simões (PDT), o secretário de Obras Públicas, Abranche Fuad Abdo, e o superintendente da Transerp, William Latuf. Segundo a prefeita, o padre Francisco Jáber Moussa, da catedral, foi convidado, mas não foi à reunião.

Dárcy disse que se o Condephaat proibir a construção das estações no entorno ela terá que espalhar pontos de embarque e desembarque pelo Centro, o que dificultará a vida dos passageiros. A prefeita mostrou fotos da catedral de 1940 para dizer que os pontos de ônibus estão desde então no local.

Ainda garantiu que não haverá aumento do número de ônibus ou de linhas no local. “O que queremos é colocar uma cobertura para proteger os passageiros da chuva”, afirmou.

Segundo ela, a reunião foi realizada a pedido do presidente da Acirp, depois que comerciantes demostraram preocupação com queda nas vendas caso os pontos de ônibus deixem o local. Maçoneto confirmou ter solicitado a reunião e disse que há possibilidade sim de queda nas vendas.

Carlos Gomes

O vereador Rodrigo Simões justificou a ausência do padre ao encontro, dizendo que ele teve um imprevisto e fez a ele um relato da discussão. O assunto será levado ao Conselho da Cúria Metropolitana.

Ele também insistiu na sugestão de se construir as estações na praça Carlos Gomes, que já abrigou terminal de ônibus no passado. A prefeita disse que lá não é possível.

Simões também pediu que a Prefeitura troque o piso do local, que é de paralelepípedo, por concreto, com o objetivo de reduzir as vibrações que seriam responsáveis pelas rachaduras nas paredes da igreja. “Insisti no piso porque no caso de a construção ser autorizada, o piso já estará Pronto”, disse o vereador.

Abranche Abdo disse ser possível trocar o piso em até 90 dias, mas para isso a obra precisa ser incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da mobilidade, o que é possível. Os projetos executivos das obras de mobilidade, no entanto, ainda estão em licitação, com previsão de abertura dos primeiros envelopes no dia 20.

“A obra deve custar entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, porque é preciso retirar todo o calçamento e fazer novamente, com novas redes de galerias e de esgoto”, afirmou.


Foto: Guto Silveira

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