Grupo de Ribeirão Preto garante não ter ligação com o MBL

Grupo de Ribeirão Preto garante não ter ligação com o MBL

Movimento teria recebido dinheiro de partidos políticos; coordenador do GBL garante que doações são feitas por amigos e que grupo é apartidário

O Grupo Brasil Limpo (GBL) não tem qualquer ligação com o Movimento Brasil Livre (MBL), que está sendo acusado de receber recursos de partidos políticos, de acordo com reportagem divulgada pelo UOL nesta sexta-feira, 27.

De acordo com a reportagem, que teria tido acesso a gravações onde as doações são relatadas, o MBL pode ter recebido ajuda do PMDB, Solidariedade, DEM e PSDB.

Muito embora as duas entidades organizem e promovam manifestações pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o engenheiro e empresário Marcos Spínola de Castro, um dos integrantes do grupo gestor do GBL, não há qualquer proximidade entre os grupos.

“Não andamos com eles. Não temos nenhuma relação”, diz Marcos Spínola. Ele lembra que o comum é apenas a organização dos protestos e mais nada. OP financiamento das ações também tem outras fontes, aponta o empresário.

Segundo ele, a maior parte do custo de protestos e viagens feitos pelo GBL é paga com a venda de camisetas utilizadas pelos manifestantes. “Alguém doa R$ 1 mil a gente compra camiseta, estampa e vende. Se render R$ 2 mil, temos financiamento para um caminhão de som no protesto, por exemplo”, diz Spínola.

Não há também personalidade jurídica do grupo, para que este emita recibos de doações, mas a contabilidade é feita. O GBL também não tem sede, funciona na própria empresa de engenharia do coordenador.

“Tenho todas as doações anotadas, assim como todos os gastos do grupo. Faço balancetes mensais, apenas para controle, porque muitos que doam nem querem aparecer”, comenta.

Nome

Marcos Spínola conta que apenas no primeiro protesto, em março do ano passado o grupo tinha nome de Brasil Livre. Na semana seguinte à manifestação, a denominação Livre mudou para Limpo, justamente para diferenciar.

“Não temos nada a ver com posições partidárias. Somos apartidários e lutamos contra a corrupção, contra o PT, a Dilma (Rousseff) e o Lula”, conta. Para exemplificar ele diz pertencer à executiva do PSDB, mas que no grupo está também o André Rodini, presidente do PV e Ricardo Rodini, fundador do Partido Novo em Ribeirão Preto.

“Também nunca fomos movimento, mas grupo. Temos um agrupamento de pessoas e, na verdade, não recebemos doações, mas colaborações de integrantes que têm capacidade financeira”.

Em uma das viagens para Brasília, por exemplo, o GBL “bancou” quatro ônibus para manifestantes. “Naquela ocasião p Paulo Junqueira foi com um ônibus dele, veio um de São Paulo e outros dois o GBL pagou, mas com recursos vindos da venda de camisetas”, assegurou.


Foto: Ibraim Leão

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