Projeto de reestruturação do IPM irá para sanção do prefeito
Vereadores aprovaram redação final do texto que reestrutura Instituto de Previdência da cidade

Projeto de reestruturação do IPM irá para sanção do prefeito

Veja o que mais foi discutido na sessão desta quinta-feira, 22, na Câmara

A Câmara dos Vereadores de Ribeirão Preto aprovou a redação final do projeto de lei complementar que reestrutura o Instituto de Previdência dos Muncipiários (IPM). A votação que ocorreu na sessão desta quinta-feira, 22, teve os mesmos 16 votos favoráveis da primeira discussão, na terça-feira, 20.

Com isso, o projeto segue para sanção do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), autor da proposta, com duas emendas dos parlamentares. A primeira emenda, de autoria do vereador Marcos Papa (Rede), que altera o prazo para avaliação dos valores da dívida ativa, que será transferida ao IPM como forma de ampliar a receita. O prazo proposto pela Prefeitura era de quatro anos, Papa sugeriu a redução para dois anos.

A segunda, proposta pelo vereador André Trindade (DEM), desobriga a Câmara a realizar aportes em caso de insuficiências para o pagamento dos inativos do Legislativo. Com isso, a responsabilidade por realizar eventuais aportes, continua sendo da Prefeitura.

Tentativa de adiamento

O vereador Jorge Parada (PT) solicitou o adiamento da votação do projeto por seis sessões. O parlamentar declarou que entrou em contato com a Secretaria de Previdência, do Ministério da Economia,  e que lhe foi informado que compete à Secretaria autorizar alterações na estrutura de planos de benefícios e que, por isso, o projeto deveria ser submetido a uma análise prévia. 

Por outro lado, Trindade, retrucou que o envio da documentação para a Secretaria de Previdência deve ser feita em até 30 dias após a aprovação da lei, como disposto em resolução do Ministério da Economia. E que, por isso, o projeto deveria ser aprovado para depois ser enviado para o governo federal. Na sequência, assim como na última sessão, o pedido de adiamento foi negado pela maioria dos vereadores. 

Contrários

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto anunciou, na última terça-feira, 20, que irá entrar com uma ação na justiça tentando barrar o projeto. O presidente do Sindicato, Laerte Carlos Augusto, afirmou que a Câmara oferece um "apoio incondicional" aos projetos da Prefeitura. 

Segundo ele, o aumento da alíquota, somado á inflação dos últimos doze meses que não foi reajustada pela Prefeitura, o servidor teria o salário reduzido. 

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Data marcada

Os vereadores agendaram para a próxima terça-feira, às 16h, a convocação secretária do Meio Ambiente, Sônia Valle Walter Borges, para dar explicações sobre o não cumprimento da lei do IPTU Verde. A sabatina será realizada em uma sessão extraordinária.  

A convocação é aguardada pelos parlamentares, principalmente pelo autor do IPTU Verde, o vereador Jean Corauci (PDT), por conta do novo projeto protocolado pelo Executivo, chamado de "IPTU Sustentável".

A nova proposta também prevê desconto no Imposto Predial e Territorial Urbano para os moradores que adotarem medidas sustentáveis. Porém, adia para 2021 a liberação dos primeiros descontos. Além de reduzir de 12% para 10% o desconto ao proprietário. Caso seja aprovado o IPTU Sustentável, a lei do IPTU Verde, já aprovada, será revogada. 


Foto: Allan S. Ribeiro/Câmara Ribeirão

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