Cirurgia plástica para o contorno corporal demanda cuidados e exige médicos capacitados
Por se tratar de procedimentos que necessitam de uma grande cautela, é importante que os pacientes busquem profissionais qualificados e registrados na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
A procura por cirurgias plásticas para o contorno corporal, procedimentos que alteram as medidas e proporções do tronco – desde as mamas até a pelve, incluindo abdômen e flancos –, está cada vez maior. Por se tratar de intervenções que elevam a autoestima de pacientes, elas são comuns entre pessoas que buscam melhorar a aparência e as curvas do corpo.
Como são procedimentos com cunho primariamente estéticos, devem ser realizados sob o máximo de cuidado possível. As recomendações são baseadas em um tripé de segurança: profissional, ambiente e procedimento.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Rodrigo Rosique, para a realização de uma cirurgia estética, o profissional deve ter qualificação comprovada, que é obtida após treinamento extenso e avaliação.
“No caso da cirurgia plástica, o médico deve, no mínimo, além dos 6 anos de faculdade de medicina, fazer dois anos de residência em cirurgia geral e três anos de residência em cirurgia plástica. Ao final destes 11 anos, ele deve ser aprovado na prova para o título de especialista em Cirurgia Plástica, que é a garantia legal de que ele é qualificado para exercer a profissão”, explica Rosique.
Como todo procedimento cirúrgico, os estéticos também apresentam riscos ao paciente. Portanto, de acordo com Rosique, eles devem ser realizados em um ambiente hospitalar com uma infraestrutura para tratamento e suporte das possíveis intercorrências, além de também necessitar do auxílio de um médico anestesista.
Para completar o tripé de segurança, o médico explica que o procedimento deve sempre ser respaldado pela comunidade científica, “utilizando produtos seguros e com a aprovação dos órgãos fiscalizadores, dentro dos limites de segurança estabelecidos quanto à extensão, duração e estado de saúde do paciente”.
Segurança e pós-operatório
Segundo o especialista, os métodos de segurança utilizados nessas cirurgias variam de acordo com o paciente e o procedimento executado. “Em geral, deve-se otimizar o tempo de cirurgia, a perda de sengue, observar a hidratação pós-operatória, evitar a hipotermia, estimular o retorno venoso com compressão mecânica, movimentação precoce, uso de heparina e tantos outros conforme a indicação”, explica.
Após a realização do procedimento, o paciente deve andar, beber bastante liquido, tomar vitaminas, evitar esforço físico, usar meias compressivas – se indicado –, restringir temporariamente a hipermobilização das áreas com sutura, fazer corretamente o curativo, usar as medicações prescritas e seguir todas as orientações do cirurgião plástico.
Complicações
As principais complicações que podem ser causadas pelos procedimentos de contorno corporal estão relacionadas à perda exagerada de sangue, à desidratação e à tromboembolia de sangue ou gordura. Por isso, segundo Rosique, é fundamental avaliar individualmente a extensão do procedimento para cada paciente, ter um acompanhamento pós-operatório próximo e frequente e tomar todas as medidas para a prevenção da tromboembolia indicadas conforme a programação cirúrgica.
“Uma cirurgia plástica bem indicada, realizada e acompanhada pode trazer muita alegria, mas não há milagres. Há diversos fatores que potencializam o resultado como uma boa saúde, peso adequado e bom suporte para a recuperação pós-operatória. O bom resultado é um trabalho em grupo que envolve a equipe médica, o paciente e sua família. Todos devem estar unidos objetivando o melhor resultado possível, mas cientes todo o tempo que os riscos e limitações existem e exigem o empenho conjunto”, finaliza Rosique.
Escolha do profissional
Na hora de buscar um profissional para a realização de procedimentos estéticos, é fundamental que o interessado procure um médico que tenha o treinamento necessário para a realização da cirurgia. Para ter certeza de que se trata de um profissional qualificado, a população pode checar as informações no site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Foto: Pixabay e arquivo Revide
