Ribeirão Preto registra 200 casos de caxumba durante este ano
Apesar de benigna, a doença pode ser prejudicial à saúde

Ribeirão Preto registra 200 casos de caxumba durante este ano

A doença pode levar à inflamação dos órgãos reprodutores e do pâncreas, podendo também atacar a tireoide e causar encefalite e meningite

Do início deste ano até o mês de outubro, foram registrados 200 casos de caxumba no município, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde Ribeirão Preto. A doença, apesar de ser benigna, exige mais cuidados em jovens adultos, pois se manifesta de forma mais intensa do que nas crianças, podendo causar inflamações nos testículos (orquite), ovários (ooforite) e pâncreas (pancreatite). Ela também pode atacar a tireoide e causar encefalite e meningite.

Segundo a médica sanitarista da Secretaria da Saúde Lilian Green, a transmissão da doença pode ocorrer pela via respiratória, por meio das gotas geradas pela fala, espirros ou tosse. “Mesmo existindo uma vacina de prevenção, sua eficácia não é de 100%, bem como a duração que diminui gradativamente ao longo dos anos. A maioria dos casos de caxumba, atualmente, ocorre em adolescentes e adultos jovens. Podem acontecer surtos quando se reúnem num mesmo espaço pessoas suscetíveis para a doença, como no caso dos indivíduos não vacinados ou que não têm mais anticorpos protetores”, explica a médica.

De acordo com a médica, não é complicado se prevenir da caxumba, já que se trata de uma doença benigna, sendo a vacinação a forma mais segura de prevenção, mas deve ser evitada por gestantes e pessoas com diminuição da imunidade. “Como é uma vacina de vírus vivo atenuado, é contraindicada em indivíduos com diminuição da imunidade e gestantes”, explica.

Nos casos de pessoas que estão infectadas com o vírus, para evitar a propagação, a médica alerta que é importante que não haja o contato com outras pessoas durante o período de transmissibilidade da doença, que é de nove dias após o início dos sintomas.

Ao constatar os sinais da doença, é importante que o indivíduo procure os serviços de saúde para tratamento e também realize a notificação do caso confirmado no site da Secretaria Municipal da Saúde.

Casos na USP

Dos 200 casos, seis ocorreram com alunos da USP de Ribeirão Preto. Para esclarecer e orientar os estudantes sobre a doença e evitar alarmes, o prefeito do Campus, professor Américo Ceiki Sakamoto, promoveu uma reunião entre os moradores das residências estudantis e o chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, Daniel Araujo. Participaram também a médica  sanitarista Lilian Green e a enfermeira Angela Serafim, ambas da Secretaria Municipal da Saúde.


Foto: Pixabay

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