Zona Norte concentra maioria dos casos de hanseníase em Ribeirão Preto
Os estudos serão apresentados para a Secretaria Municipal de Saúde na intenção de ajudar a controlar a doença

Zona Norte concentra maioria dos casos de hanseníase em Ribeirão Preto

A análise foi concluída por pesquisador em dissertação de mestrado na Escola de Enfermagem da USP

A Zona Norte concentra a maioria dos casos de hanseníase de Ribeirão Preto. Essa é a constatação da pesquisa feita pelo mestrando Antônio Carlos Vieira Ramos, que apresenta uma análise da doença na cidade entre os anos de 2006 e 2013.

Ramos, que cursou mestrado da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP Universidade de São Paulo (USP) concluiu a dissertação “Áreas de Risco para ocorrência de hanseníase no município de Ribeirão Preto” e o trabalho foi disponibilizado nos últimos meses.

Segundo os dados, entre 2006 e 2013, a cidade registrou 434 casos da doença, sendo que 60,83% atingiram homens, representando 264 dos registros. Outra informação importante é que os casos em Ribeirão são os chamados virchowiana, que afetam a área neural do corpo, causada por conta do diagnóstico tardio. O maior foco da doença está em bairros da Zona Norte, seguido pelos bairros da área Central e Zona Oeste.

A transmissão da doença ocorre a partir do contato com o paciente infectado que não está sob tratamento. As bactérias são eliminadas e transmitidas por meio do aparelho respiratório em meio às secreções nasais, gotículas de saliva, tosse e espirro, tal como na tuberculose.

Em entrevista ao Portal Revide, Ramos, autor da dissertação, explicou que, agora, os dados apontados nos estudos serão entregues aos coordenadores do Programa Municipal de Controle da Hanseníase Secretaria Municipal de Saúde, para serem analisados possibilitando a realização de ações e assim, a diminuição dos casos.

“A identificação de áreas de risco poderá favorecer, em curto prazo, o direcionamento de ações nas áreas afetadas, contribuindo, em longo prazo, no processo de eliminação da hanseníase no município de Ribeirão Preto”, diz Ramos.

A USP também utilizará os documentos para divulgação científica. Ramos também quer, a partir de agora, entrar no programa de doutorado da USP, onde será possível se aprofundar mais no tema da doença. “Tenho a intenção de estabelecer outra parceria com o Programa Municipal de Controle da Hanseníase, com a finalidade de contribuir novamente com o município na assistência da doença”, explica.


Foto: Pixabay

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