Conheça Edson Arantes, Renato Russo e J.LO, que vivem em Ribeirão Preto
Você já parou para pensar quantas pessoas têm o mesmo nome que você?

Conheça Edson Arantes, Renato Russo e J.LO, que vivem em Ribeirão Preto

Ribeirãopretanos que convivem com a coincidência de serem homônimos de famosos

Você já parou para pensar quantas pessoas têm o mesmo nome que você? De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), eu, o Leonardo, que escrevo este texto, tenho 547.601 pessoas como homônimos no Brasil - alguns mais conhecidos, outros quase anônimos. 

Você, que lê esta reportagem, certamente também tem homônimos por aí e, possivelmente, compartilha a alcunha com pessoas mais famosas, conhecidas do mundo artístico, esportivo ou político.

O Portal Revide descobriu a história de quem tem nome de celebridade em Ribeirão Preto. Conheça aqui os homônimos de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, da multiartista Jennifer Lopez e do cantor Renato Russo.

Edson Arantes, o palmeirense



O auxiliar administrativo Edson Arantes - de Oliveira – conta que, desde garoto, convive com as brincadeiras que o comparam a Pelé. “O pessoal pergunta: ‘Você é parente? Filho? Não sei o que...’ mas não, ele é Nascimento e eu Oliveira. Respondo que falta o dinheiro dele na conta, ainda”, brinca.

Palmeirense, ele recebeu o nome do pai, santista, que, em 1968, ano que Edson nasceu, viu o Rei do Futebol em uma de suas melhores formas, voando dentro de campo. “Como muitos outros fizeram, colocou o nome de Edson Arantes. Na infância fui chamado de Pelé, eu jogava bola quando pequeno”, conta o auxiliar administrativo, que lembra que na escola, em Passos-MG, era colega de turma de um tal Elvis Presley, homônimo do Rei do Rock.

“O pessoal brincava que tinha o Rei do Futebol e o Rei do Rock. É uma brincadeira sadia, salutar. Aceito tranquilamente. Joguei futebol e futsal na infância, até os 20 e poucos anos. Quando era menos redondo, mais fino (risos) eu joguei muito bola. Mas a minha veia política falou mais forte”, diz Edson.

Ele conta que não é “muito simpático à figura política” de Pelé.  “Acho que o Pelé deixou muito a desejar, principalmente para os negros, de maneira geral. Não conheço pessoalmente o Edson Arantes do Nascimento, mas conheço a figura pública do Pelé e não me afino com a postura dele enquanto ativista dos negros ou de classes sociais menos abastadas, mas de resto é tranquilo”, relata.

Renato, é Russo



Já Renato, é Russo, por coincidência. Ele conta que, quando mais novo, era comum ouvir comparações ou brincadeiras a respeito, mas que, com o tempo, principalmente 20 anos após a morte do cantor, isso diminuiu. Entre as situações que passou em razão do nome, ele recorda do dia 11 de outubro de 1996, dia da morte do músico.

“No dia em que ele faleceu, eu tinha consulta no médico. Quando anunciaram minha chamada ao consultório, o hospital parou (risos)”, recorda Renato, que diz que sempre perguntavam se era filho do músico ou parente de alguma forma, ou, até, se os pais eram fãs do artista.

Ele explica que não e a história é um pouco mais profunda. Renato nasceu em 1984, quando a Legião Urbana, banda de Renato Russo, que se chamava Manfredini, dava os primeiros passos, antes de fazer sucesso em 1985.

“Mas, na verdade, eu tinha um irmão gêmeo, e nascemos com pouco peso. Tivemos infecção hospitalar e infelizmente meu irmão nem chegou a sair do hospital. Fiquei internado por meses sem probabilidade de sair dessa, mas sai e cá estou. Minha mãe colocou meu nome de Renato porque significa ‘renascido’. O Russo vem pelo sobrenome de família por parte de mãe. Foi só coincidência”, explica o homônimo ribeirãopretano.

Ele diz que gosta do trabalho do roqueiro, principalmente das músicas do Aborto Elétrico, a primeira banda de Renato Russo, que tinha uma mensagem mais agressiva, punk, assim como o Renato Russo da história se identifica.

Jennifer Lopez, graças à prima



Uma estudante causou surpresa quando seu nome foi anunciado na lista de chamada no primeiro dia de aula. Jennyfer Lopes tem o apelido J.Lo entre os colegas de turma, o mesmo da cantora, atriz e bailarina norte-americana.

“As brincadeiras começaram no primeiro dia de aula na faculdade, quando o professor fez a chamada e falou o nome de todos os alunos, quando falou o meu nome a sala fez ‘oh!’. Aí, para melhorar, o professor queria ver quem é, né? E eu tive que dar tchauzinho para a sala me conhecer. Alguns ficaram pedindo para eu cantar, mas eu não canto, não (risos). Só tenho o nome mesmo”, relata a estudante.

Ela conta que muita gente brinca e até fica sem acreditar. A origem do nome se deve a uma prima, que escolheu o nome da jovem após uma indecisão na família. “Na verdade, quem me deu o nome ‘Jennyfer’ foi minha prima, porque eu fiquei os três primeiros meses de vida sem um nome certo. E o sobrenome Lopes é da minha mãe. Não sei se minha prima era fã, mas minha mãe sempre conta que me chamavam de um nome é acabavam não gostando aí ficava trocando até a minha prima decidir que seria Jennyfer”, conta a estudante, que diz que gosta do trabalho da artista, embora não seja fã.


Fotos: Revide

Compartilhar: