Em 2050, a população de Ribeirão Preto será a mais velha do Estado
Em 2050, a população de Ribeirão Preto será a mais velha do Estado

Em 2050, a população de Ribeirão Preto será a mais velha do Estado

Na metade deste século, Região Metropolitana de RP terá 1,7 milhão de moradores, com média de idade de 45,6 anos

Em 2050, a população da Região Metropolitana de Ribeirão Preto será a mais velha do Estado de São Paulo. Isso foi o constatado no levantamento demográfico de São Paulo, da Fundação Seade, que ainda aponta que, até lá, essa será uma das regiões que mais crescerá proporcionalmente em sua população, até que haja uma queda repentina, se tornando, entre as regiões metropolitanas, a com maior declínio.

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O estudo, denominado A População Regional Paulista em Perspectiva Histórica: Projeções Demográficas até 2050, aponta que até a metade do século XXI, a Região Metropolitana de Ribeirão Preto alcançará a população de 1.752.262 habitantes, pouco superior aos 1,5 milhão registrado no último Censo, em 2010. Enquanto isso, o Estado de São Paulo somará 47,2 milhões de habitantes - exatamente 6 milhões de pessoas a mais do que no último levantamento. Mesmo assim, em números absolutos, a região que ganhará maior representatividade populacional será a região de Campinas, que saltará de 2,8 milhões em 2010 para 3,4 milhões em 2050.

Os dados ainda apontam que até o término desta década, em 2020, a região de Ribeirão Preto vai apresentar o maior crescimento populacional em um período de 10 anos, entre todas as regiões do Estado, com aumento de 1%, caindo para um aumento populacional de 0,5% na década seguinte, até diminuir para 0,17% entre os anos de 2040 e 2050.

Quando essa data chegar, a expectativa é de que a média da população na região seja a mais alta do Estado, alcançando 45,60 anos de idade – em 2010, a média de idade dos moradores de Ribeirão Preto era de 33,78 anos – e isso fará com que a população da região ultrapasse, em média de idade, a Baixada Santista, tradicionalmente local do Estado onde os moradores são mais velhos, e que curiosamente será a única localização em São Paulo que apresentará crescimento populacional na metade do século.

Causas

Entre os motivos levantados pelo estudo para as mudanças nas características da população do Estado, estão a melhora na qualidade de vida das pessoas, que acarreta no aumento da expectativa de vida, queda do nível de fecundidade e a redução do movimento migratório, que deve diminuir a números quase nulos.

Espera-se, em 2050, que as mulheres residentes no Estado de São Paulo tenham, em média, 1,5 filho, lembrando que em 2010 tinham 1,7 filho, com a tendência dos níveis continuarem a diminuir. Em 2050, a expectativa de vida dos homens será de 79,07 anos e das mulheres será de 84,20 anos - em 2010 a vida média era de 71,44 para homens e de 78,60 anos para mulheres.

Na metade deste século, o contingente de idosos será representado por 22,7% da população, ante 7,8% registrado em 2010, enquanto a população de pessoas de até 15 anos cairá um terço, para 14%. A Fundação Seade aponta que nesse cenário projetado é preciso dedicar atenção especial à formulação atual e de futuras políticas públicas, que garantam melhores condições de vida para a população paulista no futuro.


Foto: Prefeitura Ribeirão Preto/ FL Piton

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