Ribeirão Preto chega ao quarto mês seguido com alta na geração de empregos
Após impacto causado pela pandemia, que fechou 8.415 postos de trabalho entre abril e junho, município criou 4.774 vagas no segundo semestre
Ribeirão Preto chegou ao quatro mês consecutivo de alta na geração de empregos após o baque causado nos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Governo Federal, no mês de outubro, foram 2.067 vagas criadas no mercado de trabalho, um saldo de 8.908 admissões e 6.841 demissões.
No segundo semestre deste ano, o município registra um saldo de 4.774 vagas. Movimento que mostra a recuperação após um cenário desfavorável desencadeado pela pandemia de Covid-19, principalmente entre os meses de abril e junho. Do primeiro mês inteiro já com o decreto de calamidade pública, publicado no dia 23 de março, até junho, foram fechadas 8.415 postos de trabalho.
Apesar da recuperação desde julho, quando as empresas da cidade voltaram a contratar mais do que demitir, com criação de 419 vagas, no acumulado do ano ainda são mais desligamentos do que contratações, com saldo de 3.601 vagas. O estoque de empregos na cidade, ou seja, total de pessoas que possuem a carteira assinada em Ribeirão, é de 213.799.
Reação
Outubro foi o melhor mês do ano para a geração de vagas no município. A melhora tem sido gradual desde a retomada da economia, principalmente em agosto, com a evolução da região para a Fase Amarela do Plano São Paulo, o que permitiu a reabertura do comércio e serviços. O mês de agosto registrou saldo de 810 vagas (com 6.538 admissões e 5.728 demissões), o melhor desde o decreto de calamidade pública e início das medidas de restrições da quarentena. Setembro havia registrado uma alta ainda maior, de 1.512 postos de trabalho (8.089 admissões e 6.577 desligamentos).
Em outubro, os setores de comércio, com aumento da demanda pela Black Friday e Natal, gerou 510 vagas. O setor de serviços segue como o que mais contrata nessa retomada, com saldo de 1.180 vagas só no mês passado.
No acumulado do ano, o comércio encerrou 2.461 postos de trabalho e serviços fechou 2.379 vagas. Construção civil é o setor com o melhor saldo, com geração de 641 empregos, seguido pela indústria, 552 vagas geradas.
Brasil
Também pelo quarto mês consecutivo, o saldo de geração de empregos ficou positivo no País. Foram criadas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos. O resultado é recorde na série histórica iniciada em 1992.
O total de vínculos ativos chegou a 38.638.484 em outubro, variação de 1,03% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139, decorrentes de 12.231.462 admissões e de 12.402.601 desligamentos.
Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.
Desempenho regional
O mês foi positivo nas cinco regiões do país: no Sudeste, o saldo ficou em 186.884 postos; no Sul, resultado de 92.932; no Nordeste foram criados 69.519 empregos formais; no Centro-Oeste, 25.024; e no Norte, 20.658 vagas.
Também houve saldo positivo em todas as unidades federativas, com destaque para São Paulo (119.261 novas vagas), Minas Gerais (42.124) e Paraná (33.008). Em termos relativos, os estados com maior variação em relação ao estoque do mês anterior foram Santa Catarina, Ceará e Amazonas.
Foto: Arquivo/ Agência Brasil