Quarentena é prorrogada pela segunda vez em Ribeirão Preto: até o dia 27 de abril

Quarentena é prorrogada pela segunda vez em Ribeirão Preto: até o dia 27 de abril

Prefeito Duarte Nogueira (PSDB) anunciou prorrogação do prazo de medidas de isolamento nesta sexta-feira, 17

A Prefeitura de Ribeirão Preto prorrogou, mais uma vez, até o dia 27 de abril, o período de quarentena na cidade, estipulado em decreto de calamidade pública do dia 23 de abril. Assim, o período de isolamento social, que já havia sido estendido até o dia 22, segue por mais dez dias na cidade. Até hoje, Ribeirão Preto teve 26 dias de quarentena.

Continua proibido o funcionamento de estabelecimentos do comércio e serviços não essenciais até o dia 27 de abril em Ribeirão Preto. Em uma coletiva de imprensa no final da manhã desta sexta-feira, 17, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) anunciou que uma cartilha com orientações sobre a fase de transição – saída da quarentena para a volta gradual da normalidade, a partir do dia 27 – será elaborada e distribuída.

A decisão foi tomada em reunião realizada na noite de quinta-feira, 16, com 15 entidades que fazem parte do Comitê Técnico de Contingência do coronavírus na cidade. Composta por pesquisadores, médicos e epidemiologistas, a decisão foi tomada de forma unânime. 

"[A decisão foi tomada] Por uma questão de cautela, prudência e profundo respeito à vida. Neste exato instante, o mundo atinge uma curva de crescimento dos casos de covid-19 [...].Em Ribeirão Preto a nossa curva está em ascensão linear e estável. A nossa estrutura assistência tem retaguarda de apoio para atender um eventual aumento abrupto de situações de maior gravidade", declarou Nogueira.

Dentre as medidas propostas pelo Executivo estão o uso obrigatório de máscaras em estabelecimentos, o aumento para dois metros de distância entre pessoas, desinfecção constante do ambiente, uso prioritário de ventilação natural e que seja evitado o trabalho ou a exposição ao risco de pessoas acima de 60 anos ou que fazem parte dos grupos de risco.

A multa para quem for flagrado sem a máscara, por exemplo, poderá variar entre um e dez UFESPs (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), o que pode variar entre R$ 27,61 e R$ 276.

Segundo o secretário adjunto da Secretaria da Casa Civil, Antônio Daas Abboud, as medidas servem para que as pessoas pensem melhor antes de sair de casa, saindo apenas quando for realmente necessário. "Temos que trocar a movimentação improdutiva pela movimentação produtiva. Nós temos que aprender que: ao sair, esse ato deve produzir alguma coisa. Andar por andar, sair para ficar á toa, neste momento, é desaconselhável", alertou Abboud.

Ainda segundo o representante da Casa Civil, os estabelecimentos serão orientados a desestimular o atendimento a pessoas idosas. "E que atendimento às pessoas idosas seja desestimulado por todos os estabelecimentos, não proibido. As pessoas idosas que puderem transferir a saída de suas residências para filhos ou outras pessoas, devem fazer", acrescentou.

Como forma de diminuir a circulação de idosos pela cidade, o prefeito anunciou que o passe livre no transporte coletivo desta faixa etária será suspenso até o fim do decreto de calamidade pública. No momento, segundo o Executivo, os ônibus operam com cerca 50 mil passageiros por dia. Em dias normais, o fluxo é de 200 mil pessoas, aproximadamente. 

Sobre possíveis riscos à economia, Nogueira foi enfático ao defender a proteção das vidas em primeiro lugar. "Neste momento, o mais importante é preservar as vidas. Porque todas as decisões que foram tomadas de maneira abrupta ou pouco reflexiva em momentos de extrema cautela e responsabilidade como se exige agora, foram onde aconteceram as grandes tragédias da humanidade e os grandes genocídios. Uma vida perdida não pode ser substituída, um emprego perdido pode ser reconstruído"

O decreto completo com todas as novas exigências será publicado na tarde desta sexta-feira, 17, no Diário Oficial do Município.

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Notícia atualizada às 14h13 de sexta-feira, 17 de abril


Foto: Arquivo Revide

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