Bife, arroz, feijão e batata frita estão mais caros
Índice da Apas constata aumentos dos preços dos ingredientes que compõem um dos pratos mais tradicionais
Um dos pratos mais tradicionais do dia a dia dos brasileiros ficou mais caro em 2015. A combinação arroz, feijão, bife e batata frita estão mais caros, de acordo com levantamento feito pela Associação Paulista de Supermercados (Apas) utilizando dados do Índice de Preços dos Supermercados (IPS/APAS).
No ano, o preço do arroz subiu 1,2%, com elevação de quase 5% nos últimos 12 meses, e o feijão teve alta de 20,2%, alcançando 39,2% em 12 meses. O bife também subiu tanto alcatra, que ficou 4,7% mais cara neste ano, e 15,7% em 12 meses, quanto o coxão-mole, que encareceu 9,7% no ano e 11,3%. Já a batata teve alta expressiva de 5% no ano e 91,6% em 12 meses.
Em outubro, tanto o arroz (3,6%), o feijão (0,9%), e a carne bovina (1,3%) ficaram mais caros em Ribeirão Preto, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Associação Comercial e Industrial (Acirp). Em compensação, no mês passado a batata ficou mais barata cerca de 9%.
A inflação em Ribeirão Preto neste ano já alcançou o simbólico número 6,66%, de acordo com o IPC. Em outubro, o índice cresceu 0,6%.
De acordo com o gerente de Economia e Pesquisa da Apas, Rodrigo Mariano, os preços impactam diretamente o poder de compra da população, já que a alta de itens de primeira necessidade, que integram a cesta básica da maior parcela da população, refletem de maneira mais expressiva nas classes de renda mais baixa.
"Para a população mais pobre, cerca de 30% do salário é destinado às compras de alimentos e bebidas, enquanto para a média dos brasileiros os alimentos representam, aproximadamente, 20% destas despesas", explica.
Para o economista, a pressão sobre os custos continua sendo o principal fator a comprimir os preços dos produtos. Ele citou como exemplos o reajuste no preço da energia elétrica e a variação expressiva do dólar.
Foto: Arquivo Revide
