Justiça aprova recuperação judicial da Simisa

Justiça aprova recuperação judicial da Simisa

Empresa pagará credores em até 20 anos

Foi homologado pela Justiça de Sertãozinho o plano de recuperação judicial da Simisa. A dívida listada no plano aprovado nesta semana é de R$ 172 milhões. O acordo havia sido pedido em novembro de 2014.

Credores com garantia real terão deságio de 25% e serão pagos em 15 anos com taxa de juros estipulada em TR + 5,0%. Credores quirografários, ou sem garantia, terão deságio de 40% e serão pagos em 20 anos com taxa de juros estipulada em TR + 2,5%.

A indústria, que é uma das maiores fornecedoras de equipamentos para usinas de cana-de-açúcar do Brasil aponta as dificuldades a crise do setor sucroenergético, que se arrasta desde 2009, que foi agravada com a recessão que o País vem passando no último ano, porém, com o acordo, os administradores da empresa acreditam que haverá melhora na situação.

De acordo com o jornal de negócios Valor Econômico, a empresa também responsabiliza esta situação a falta de pagamentos de uma usina, considerada um dos principais clientes, além de perdas originadas de negociações com a British Petroleum (BP). Na petição enviada há uma ano, a Simisa informava que seu faturamento líquido estava na casa de R$ 220 milhões anuais.

Em nota, o responsável pela reestruturação da empresa, Janser Saloman, que liderou liderou as negociações com os credores e responde pela reestruturação operacional da Simisa, acredita que o acordo ajudará recuperar a confiança com os clientes.

“A Simisa passou por uma reestruturação muito importante nesse ano, reconquistando a confiança dos seus clientes, e hoje é a empresa melhor posicionada em seu mercado de atuação. Com a aprovação da recuperação judicial, ela estará pronta para voltar a atuar normalmente a partir daqui”, afirmou.


Foto: Arquivo Revide

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