Quatro advogados são presos em operação do Ministério Público em Ribeirão Preto
De acordo com informações da polícia, 53 mil ações foram movidas e a fraude pode chegar a R$ 100 milhões

Quatro advogados são presos em operação do Ministério Público em Ribeirão Preto

A Polícia Civil e o Gaeco auxiliaram na prisão preventiva dos suspeitos

Quatro suspeitos de estarem envolvidos nas fraudes investigadas pela Operação Têmis foram presos na manhã desta quarta-feira, 11, pela Polícia Civil de Ribeirão Preto e ficarão detidos preventivamente durante o curso da investigação.

Veja galeria de fotos da ação.

Segundo informações da operação, uma associação buscava pessoas e oferecia serviços de consultoria para saber se elas tinham direito a restituições de dinheiro perdidos em poupanças com a implementação do Plano Verão durante o governo do ex-presidente José Sarney.

Os suspeitos são sócios do escritório de advocacia Lodoli Caropreso Bazo & Vidal. De acordo com o Coordenador de Direito e Prerrogativa da OAB, José Augusto Aparecido Ferraz, que assistiu os policiais cumprirem os mandados de prisão, este é o único escritório de advocacia investigado, porém há outros advogados, não citados, que também são suspeitos pelas fraudes, uma empresa de consultoria econômica, Khuri, e o centro empresarial de recursos humanos "Eu vou trabalhar".

O escritório de advocacia colocava os processos em segredo de justiça para que as vítimas não conseguissem consultá-los. Quando eles ganhavam a causa, o dinheiro era repassado diretamente ao escritório e repartido entre as empresas envolvidas.  

Desses locais, apenas os advogados foram detidos, porém há mais três pessoas envolvidas com mandados de prisão preventiva expedidos. Dos escritórios, a polícia levou e apreendeu caixas com documentos e computadores, principalmente da consultoria Khuri. E também um carro no valor de R$100 mil.

De acordo com informações da polícia, 53 mil ações foram movidas pelos escritórios investigados. A consultoria Khuri captava os clientes por meio da associação em bairros carentes e repassava para a advocacia entrar com os processos. O valor total da fraude pode chegar a R$ 100 milhões.


Fotos: Gustavo Ribeiro

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